24 de novembro de 2009

Tulio Caio p3

De terça a quinta os dias sao todos muito parecidos com a segunda-feira. Acordo, vou pro estágio, vou pro colégio, saio e vou pro ponto, procuro um onibus e passo pela terceira ponte de novo, no meio de um monte gente fula da vida e doida pra chegar logo em casa. Eu inda mais.
Quando paro no ponto, vou andando até a locadora do japonês e pego o filme mais sangrento que eu ver pela frente. Algo que satisfaça a minha raiva, algo que mate minha sede de sangue depois de uma rotina cheia de gente faceira por todos os lados. Chego em casa chuto meu cachorro tomo banho troco de roupa ligo o dvd assisto o filme com um sorriso no rosto e depois sento aqui na minha cadeira pra caçar algo interessante na internet. Não é uma vida muito emocionante, mas ela me força a buscar coisas novas a todo o momento. Tenho muito medo de cair na demência cotidiana, e aos poucos vejo alguns sintomas em mim. Quando repito uma piada ou digo breguices, já sei que tem coisa errada, entao procuro desenhar, escrever, ouvir música, ler um livro. Sei que sempre há o que fazer, sempre. Apesar disso ser bem saudável, quem vê fica achando que sou doido. Mas bom assim, que pelo menos estou longe de ser normal como eles.

Um comentário:

  1. Também noto as vezes alguns sintomas em mim...

    Mas lutar contra a demência cotidiana é eterno.

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