30 de junho de 2009

Impertinente

Interessante quando ponho minha impertinencia em açao. Na maioria das vezes, as pessoas nao sabem como reagir diante daquilo e entendem minhas palavras como um insulto. Sei que testar os outros como eu testo nao é uma atitude muito bonita, mas me trás muita risada. Exemplo hoje mesmo um amigo meu disse que queria ser um grande pianista e fazer faculdade de direito; eu distraido disse que os planos dele nao dariam certo. Imediatamente ele tomou aquilo como uma tentativa de inferiorizaçao, ficou revoltado com minhas palavras cruéis, ha ha. Bem, de começo tive preguiça de explicar o que eu quis dizer, ainda mais que tinha uma chata do lado tagarelando que o meu amigo tinha "o direito de fazer planos e ser o que quiser", qualquer coisa do tipo. Aquilo pra mim foi um grande divertimento, ri secamente enquanto a bibliotecaria que estava acompanhando a conversa e me elogiou dizendo que eu tenho uma "energia boa"... Ah! eu achei muito engraçado como eles nao percebiam como estavam sendo idiotas! Eis que me enjoei de manter segredo do real motivo de ter dito aquilo e lhes contei:
"Os planos nunca saem exatamente do jeito que pensamos. Sempre há uma circunstancia que nao faz jus a propria imaginaçao, de um mundo maravilhoso onde voce pode ser o que quiser"
Claro, eu nao disse com essas palavras, gaguejei e ainda mais fui interrompido diversas vezes pelos ferozes ao meu lado. Entao aqui que recordo meu defeito: nao sei me comportar em uma discussao, me envergonha muito isso.
Vou tentar listar meus erros:
1. Quando todos dizem em tom alto que o que digo é um absurdo e zombam de mim, nao consigo manter a tranquilidade;
2. Na parte que peço para dizer o meu aparte diante de tal cena, nao sei por onde começar a falar, o silencio de todos tortura minha mente, como se eu estivesse sendo testado de alguma forma, entao fico pensando que eles estao pensando que nao tenho argumentos pois demoro a dizer o que penso.
3. Se gaguejo de alguma forma entao, já é certo pra mim que todos criaram um tipo de certeza de que nao sei do que falo ou que estou mentindo e deveria ser ignorado. Pois bem, deveriam me ignorar mesmo! Provoco os outros a toa, se caem na minha armadilha logo estao destinados a minha sorte ate que me canse de falar.
4. Sinto que minhas expressoes no rosto deixam a vista da pessoa que esta me retrucando, o meu nervosismo. Definitivamente neste momento todos tomam a discussao por séria e alguns ate se arriscam em insultar.

Mas minto, tudo isso nao passa de capricho, nao é de fato importante que eu saiba me comportar diante de uma discussao acalorada. Até porque, nao estou perdendo nada se fizer feio na frente de todos, tenho preguiça de me importar com a impressao que cada um tem de mim. As vezes tenho uma estranha fantasia de parecer intencionalmente que sou machista, ignorante ou qualquer adjetivo prejorativo. Faço isso só pra ver a reaçao da pessoa: algumas expressam cara de espanto, outras me fitam com cólera raivosa nos olhos, poucas veem a ironia por tras de palavras tao caóticas...

23 de junho de 2009

" - Por que está tão convencido?
- Se faz questão... não sei. Só sei que preciso ganhar, que essa é para mim também a única saída. É talvez por isso que tenho também a impressão de que devo ganhar na certa.
- Então precisa ganhar de qualquer maneira, já que está tão fanaticamente certo?
- Aposto que não acreditaria que eu seja capaz de sentir uma necessidade séria.
- Isso não me importa - respondeu Polina, em tom tranquilo e indiferente. - É uma pessoa desordenada e instável. Para que quer dinheiro? Não vi nada de sério nas razões que me deu outro dia.
- A propósito - atalhei - você disse que precisava reembolsar uma dívida. Boa dívida há de ser! Com o francês, suponho?
- Que perguntas são essas? Você está muito impertinente hoje. Andou bebendo?
- Você sabe que eu me permito dizer tudo e fazer-lhe às vezes umas perguntas muito diretas. Repito: sou seu escravo, e ninguém se envergonha do que diz um escravo, um escravo não pode ofender.
-Tudo isso é absurdo! Não posso tolerar essa sua teoria da "escravidão".
- Repare que se falo de minha escravidão não é porque deseje ser seu escravo; apenas a menciono como um fato que independe completamente de mim.
- Diga-me com franqueza, para que precisa de dinheiro?
- E para que você precisa saber?
- Como queira - respondeu, com um orgulhoso meneio de cabeça.
- Você não tolera a teoria da escravidão, mas exige a escravidão: "Responda e não discuta!" Muito bem, assim seja. Para que preciso de dinheiro, pergunta-me. Como, para quê? O dinheiro é tudo!
- Compreendo, mas não é preciso cair em semelhante loucura por desejá-lo! Pois você vai até o delírio, até o fanatismo. Há aí alguma coisa, algum objetivo especial. Fale sem rodeios, eu quero.

Parecia começar a irritar-se, e encantava-me que ela continuasse fazendo perguntas naquele tom arrebatado.
- Certo, há um objetivo - disse eu - mas eu não saberia explicar qual. Quando mais não fosse, porque com esse dinheiro eu me tornaria para você um outro homem, não um escravo.
- Como? Como conseguirá isso?
- Como conseguirei? Você nem sequer compreende como eu possa conseguir que me olhe a não ser como escravo! É justamente o que eu não quero mais, esses espantos e essas incompreensões.
- Você dizia que essa escravidão lhe dava prazer. Eu também achei isso.
- Achou? - exclamei com um estranho prazer. - Ah, que deliciosa ingenuidade sua! Ah, sim, sim, ser seu escravo é para mim um prazer. Existe, sim, prazer no último extremo do rebaixamento e da insignificância! - continuei a delirar. - Quem sabe, talvez exista igualmente no chicote, quando o chicote bate no lombo e rasga a carne... No entanto eu posso querer experimentar outros prazeres. Ainda há pouco na mesa, em sua presença, o general me passou um sermão por causa dos setecentos rublos por ano que, afinal, talvez eu não venha a receber dele. O marquês de Des Griuex (o francês) erguendo as sobrancelhas, olha para mim sem me notar. E eu, de minha parte, sinto uma vontade louca de agarrar o marquês pelo nariz diante de você!
- Fala de pateta! Em qualquer situação, é possível portar-se com dignidade. A luta, quando existe, eleva, não rebaixa.
- Frases feitas! Você simplesmente supõe que eu talvez não saiba portar-me com dignidade. Que embora sendo, admitamos, um homem digno, não sei portar-me com dignidade. Compreende que talvez possa ser assim? Realmente, todos os russos são assim, e você sabe por quê: porque os russos são por demais ricamente e diversamente dotados para encontrar de um momento para outro a forma adequada. Aqui o problema é de forma. Nós, russos, somos na maioria tão ricamente dotados que precisamos de gênio para encontrar a forma adequada. Mas o gênio frequentemente nos falta, pois em geral é muito raro. Somente entre os franceses e, quem sabe, alguns outros europeus, é que a forma está tão bem determinada que se pode ter um ar de extrema dignidade e ao mesmo tempo ser o mais indigno dos homens. Eis porque a forma tem tal importância para eles. O francês tolera sem pestanejar um insulto, um verdadeiro e profundo insulto, mas não tolera de maneira alguma um piparote no nariz, porque isto seria uma violação da forma tradicionalmente adequada. As nossas senhoritas têm tamanha queda pelos franceses exatamente porque veem neles uma forma boa. A meu juízo, aliás, não é questão de forma nenhuma, mas do galo que há neles, o coq gaulois. Aliás, isso é coisa que não posso entender, não sou mulher. Talvez os galos sejam bons. Mas estou dizendo bobagens, e você não me manda parar. Mande-me para com mais frequencias; quando falo com você, tenho vontade de dizer tudo, tudo, tudo. Esqueço toda e qualquer forma. Concordo inclusive em que não somente não tenho forma como me falta qualquer dignidade. Digo-lhe uma coisa. Não me importa nenhuma dignidade. Agora tudo se imobilizou em mim. Você bem sabe por quê. Não tenho na cabeça uma só idéia humana. Há muito tempo não sei mais o que se passa no mundo, nem na Rússia, nem aqui. Olhe, atravessei Dresden e nem lembro como Dresden é. Você sabe o que me absorvia. Como não tenho nenhuma esperança e sou um zero aos seus olhos, falo francamente: por toda parte só vejo a você, e o resto não me importa. Por que e como a amo, não sei. Sabe que talvez você não seja nada bonita? Imagina que não sei sequer se você é bonita ou não, mesmo de rosto? Seu coração com certeza é mau; e seu espírito deve ser ignóbil.
- Será talvez porque me acha ignóbil - perguntou ela - que pensa comprar-me com dinheiro?
- Quando foi que pensei comprá-la com dinheiro? - exclamei.
- Você começou a divagar e perdeu o fio. Se não a mim, é ao meu respeito próprio que você pretende comprar com dinheiro.
- Não, não é absolutamente isso. Já disse que me era difícil explicar. Você me esmaga. Não se irrite com a minha tagarelice. Você entende porque não deve irritar-se comigo: estou louco, só isso. Aliás, pouco se me dá que você se irrite. Quando estou lá em cima, em meu quartinho, basta-me lembrar ou imaginar o rumor de ser vestido para que fique a ponto de morder meus dedos. E por que você se irrita comigo? Porque me declaro seu escravo? Aproveite-se, aproveite-se de minha escravidão, aproveite-se! Sabe que um dia a matarei? Matá-la-ei não porque tenha deixado de amá-la, ou por ciúme; matá-la-ei simplesmente porque às vezes tenho vontade de devorá-la. Você está rindo...
- Absolutamente não estou rindo - disse ela, encolerizada. - Ordeno-lhe que se cale.

Deteve-se, quase sufocando de cólera. Palavra, não sei se ela é bonita, mas sempre gostei de contemplá-la quando ela se punha assim na minha frente, e é por isso que gosto de provocar a sua cólera. Talvez ela o tenha notado e se zanguasse de propósito. Disse-lho.
- Que asco! - exclamou com repugnância.
- Pouco me importa - prossegui. - Saiba que é perigoso passearmos junto: vem-me muitas vezes um irresistível desejo de espancá-la, de desfigurá-la, de estrangulá-la. Acredita que não chegaria a esse ponto? Você me põe em febre. Pensa que tenho medo do escândalo? Ou de sua cólera? Pouco me importa sua cólera! Eu amo sem esperança e sei que depois disso ainda a amarei mil vezes mais. Se eu a matar um dia, terei que matar-me também; pois bem, matar-me-ei o mais tade possível, para sentir esse intolerável sofrimento de estar sem você. Sabe de uma coisa incrível: eu a amo cada dia mais, embora isto seja quase impossível. Depois disso, como e não seria fatalista? Lembra-se, anteontem, no Schlangenberg, eu lhe sussurrei, quando você me provocou: "Diga uma palavra, e eu me atiro neste precipício". Se você tivesse dito a palavra, eu me atiraria. Não acredita que me atiraria?
- Que tagarelice estúpida! - exclamou.
- Pouco me importa que seja estúpida ou inteligente! - exclamei. - Sei que diante de você tenho necessidade de falar, falar, falar... e falo. Diante de você perco todo amor-próprio, tudo me é indiferente.
- Por que eu lhe ordenaria saltar do Schlangenberg? - perguntou ela em tom seco e particularmente ultrajante. - Seria perfeitamente inútil para mim.
- Admirável! - exclamei. - Você empregou essa admirável pelavra "inútil" só para me esmagar. Você para mim é tranparente. Inútil, então? Mas o prazer é sempre útil, e um poder feroz, sem limites, mesmo que sobre uma mosca, é também uma espécie de deleite. O homem é um déspota por natureza e gosta de fazer sofrer. Você gosta tremendamente.

Lembro que ela me examinava com uma atençao particularmente fixa. Certamente o meu rosto refletia naquele momento todas as minhas sensaçoes incoerentes e absurdas. Recordo agora que nossa conversa foi quase palavra por palavra igual ao que estou descrevendo aqui. Meus olhos estavam injetados de sangue. Juntava-se espuma nas comissuras de meus lábios. Quanto a Schlangenberg, juro sob palavra de honra, ainda agora: se ela me mandasse saltar de lá, eu saltaria!
Mesmo que o dissesse por brincadeira, que o dissesse com desprezo, com uma cusparada sobre mim, mesmo assim eu me atiraria!"
O Jogador - Dostoiewsky, Fiódor.

18 de junho de 2009

Viver e Sobreviver

Hoje depois da aula quando voltava pra casa, aconteceu de um mendigo me abordar, com certa educaçao. O dialogo foi mais ou menos assim:
- Com licença senhor, com toda a humildade venho lhe pedir ajuda e... - interrompi -
- Espera, acho que eu tenho 2 reais no bolso. Mas deixa eu te fazer uma pergunta: se voce ficar com esse dinheiro, voce poderia sair dessa condiçao de vida?
- Nao senhor, mas tiraria minha fome.
- Entao nao posso te ajudar.

Virei as costas e segui meu caminho. Sabe porque nao dei o dinheiro para o mendigo?
A questao está entre viver e sobreviver. A esmola serve como sustento para sobrevivencia, isso é, a luta para continuar respirando nessa cidade fria. Ele sentiria fome novamente, e seria condicionado a pedir esmola até nao conseguir mais e morrer. Será que ele de fato recebe ajuda das pessoas com as esmolas? Pra mim é demagogia.
O problema é que o sistema capitalista que vivemos tem como condiçao os excluidos sociais, aqueles que sao insustentaveis, causa disso tambem é a individualidade com que cada um lida com os problemas. Ninguem vai querer resolver o problema de um desconhecido, ainda mais alguem que nao pertence a mesma classe social. Pra falar a verdade as pessoas nao pensam nem na hipotese de encostar em um mendigo, porque ele fede, ele é sujo.
Nao vale a pena viver sob condiçao de sobrevivencia, isso requer ocupar seu tempo exclusivamente para ter o que comer, e se preocupar em sobreviver, nao importando como. Oras, a vida nem sentido tem, pra que se esforçar tanto nessa condiçao de vida? A justiça é uma farsa, a igualdade é outra mentira. Outro dia mesmo presenciei dentro do onibus uma mulher doente, com tipoia no braço, morrendo de fome e com filhos pra sustentar. Ela suplicava pela ajuda de todos, mas é claro, ninguem consiguiu nem olhar pro rosto dela. Era um sabado agradavel e todos estavam indo pro shopping, fingindo que a vida é bela e ir se entreter com a familia como se o Governo estivesse realmente preocupado com o bem estar e proteçao de todos. Isso nao é nenhuma novidade, todos estao cansados de saber, mas ignoram isso com uma cara de pau sem tamanho...
Eu nao ajudei a mulher porque nao me importo, isso mesmo, nao sou hipocrita, reconheço a minha vilanidade individualista de ser. Pra resolver esse problema só tem duas opçoes:
Ou vigiar o Governo para que ele se comprometa com a coerencia de sua proposta, e ajudar quem nao está sob efeito de tal açao protetora; ou reconhecer assim como eu, que somos todos despreziveis e só olhamos pro nosso proprio umbigo, visando sempre o proprio bem estar.

Enfim digo que viver de verdade é poder ler um livro, ver um filme, poder beber com os amigos no final de semana, assistir a uma peça de teatro, ouvir diversas musicas, escrever, fazer sexo com camisinha, contemplar discursos humanitários, rir, xingar, beijar, abraçar. ISSO é viver, esse seria o padrao de vida que o Governo deveria sustentar.

14 de junho de 2009


Desde 2008 que nao me sinto tao bem, sozinho. Tenho tempo de sobra para organizar minhas idéias, exercitar minha imaginaçao, tratar de assuntos desnecessarios com pessoas pouco conhecidas por prazer - e talvez por prática da sociabilidade de uma maneira menos arriscada -. Quando tudo isso cansa, dedico me à leitura de Dostoieviski, Crime e Castigo. Antes nao prestava atençao nas obras literarias por manter uma idéia fixa de que nao é necessario livros pra desenvolver o intelecto, contradizendo de com gosto o que meu pai tanto prega pra mim e minha irmã - infelizmente (ou será felizmente?) ela nao desenvolveu o senso crítico muito bem, leu alguns livros por prazer mas raramente algum que fosse realmente digno de boas críticas. Madrinha dela há muito tempo a ofereceu uma coleçao completa de obras contendo ao menos 18 clássicos, autores como Voltaire e Tom Jones, e ela nao leu sequer uma delas -, enganei muita gente com meu pseudo-conhecimento abrangente. Desde que comecei a estudar, que uma auto-crítica construtiva vem tomando minha atençao: preciso de ler muitos livros.
Quando estava lendo certo diálogo do livro
"- Gostas muito da tua irmã Sônia?
- É a pessoa de quem mais gosto no mundo."
me sensibilizei repentinamente, como se me injetassem emoçao pela vêia. Eu nao cheguei bem à chorar de comoçao mas, aquilo por hora me assustou, ri ironicamente. Depois refleti melhor sobre o fato de nao ter lido muitos livros, conclui que é normal de que me emocione com uma grande obra dessas, devo manter a humildade e reconhecer o que outros já reconheceram muito antes de mim.
Diante de tanta coisa, passando tao rapido na minha vida, nem pude notar que aquela velha insatisfaçao que me aflingia tanto já nao me tortura como antes. Acredito que devo isso ao amor próprio que comecei a cultivar a pouco, com orgulho me mantenho independente. Já nao ligo pras besteiras que me importava tao ativamente, chorava, mordia os labios de raiva, meditava em funçao de controlar me, diante de situaçoes que nao sabia ao certo como agir; tudo isso eu julgava em nome do bem estar dos outros - "A minha felicidade é a felicidade dos outros" - dizia ingenuamente. E dizia até com um certo orgulho de mim mesmo, um orgulho desmerecido. No fundo eu queria experimentar as coisas de uma maneira mais intensa, participar da vida dos outros, como se viver a minha propria vida já nao bastasse. Blerg, por essas e outras que nao gosto de recordar meu passado, nem as pessoas que participaram dele.

Mas no final de tudo mesmo, eu só estou... bricando de viver, só isso. Nao exijam muito de mim.

12 de junho de 2009

Teste: Você é Psicopata?

Uma garota, durante o funeral de sua mãe, conheceu um rapaz. Ela achou o cara tão maravilhoso que acreditou que ele seria o homem da vida dela. Apaixonou-se perdidamente, mas nunca mais o viu depois desse dia.
Dias depois ela foi presa acusada de ter matado a própria irmã.
Pergunta: POR QUE ELA TERIA MATADO A IRMÃ?
Se você acertar a resposta você pensa como um psicopata.
Este é um famoso teste norte americano usado para detectar a mente dos criminosos. Vários presos por assassinatos em série acertaram a resposta.

Resposta: Porque ela queria que o rapaz aparecesse denovo.

Eu nao acertei a resposta, por mais que pareça óbvia pra mim, eu nao conseguiria responder com clareza. Matar a irmã é uma opçao assim como qualquer outra da familia.
Há, me sinto feliz com o resultado, isso significa que eu nao sou tao louco quanto pensava ser.

blerg..

escrever escrever

hoje acordei com meu despertador típico de gato miando. Abri os olhos, meus movimentos estavam descoordenados, senti que perdi alguma coisa... sentei na cama e olhei pro chão, tudo parecendo de plástico.
Senti um gosto amargo na boca, como se tivesse lambido o mundo. Porra, o que eu perdi foi a vontade de viver. Mas mesmo assim me sinto bem comigo mesmo, até, acho que nunca me senti tao bem comigo mesmo antes. Talvez seja interpretado como complexo de superioridade, enfim definam como quiserem, o fato é que eu sinto isso.
Afeiçoes, eu nao as evitei, agora se foram. Nao gosto mais de ninguem... nao tenho mais ambiçoes, prepotencia, "carencia", o que é isso? nem sei mais. Esse deve ser o resultado de uma experiencia de 3 dias seguidos na frente de um computador. Eu quero sair, quero liberdade, mas nao há circunstancias favoraveis... dessa maneira nem consigo descrever bem o que eu quero.
Resumindo, tudo se tornou um desgosto, e nao insatisfaçao. Talvez o mais excelso nivel de auto-suficiencia eu tenha alcançado sem muita dificuldade. Como dizia Dostoieviski, "parei então de me irritar com os homens e acabei quase não os notando mais."

ENTRETANTO

como todos que lêem esse blog bem sabem, eu sou um ser antagônico, uma parte de mim ainda grita - mesmo que sem energias - desesperadamente para que alguma alma possa me surpreender e me inspirar de tal modo que eu possa continuar vivendo feliz, de alguma forma qualquer. "Por favor, me mostrem que ainda há alguem que valha a pena!" - o grito rouco vindo das profundezas de meus orifícios.
Eu nao estou em equilibrio com o ambiente em que vivo, só estou passivo por nao ter motivaçao pra agir de outra forma. Tenho vontade de simplesmente largar meu corpo como se tivesse morrido subitamente, esperando uma luz no fim do tunel... Cair como uma folha no final do outono - ou melhor - como um elefante depois de percorrer um deserto sem fim, exausto.
Desejo um horroshow, dos piores. Quero dar um tapa na cara de cada um para que acordem desse sonho idiota, repetitivo, asqueroso.
Vamos, voces perdem tempo buscando por algo que nunca vao alcançar, porque nada enfim é eterno. É hora de criar algo diferente, reajão da pior maneira possivel, se surpreendão, reagir de uma forma tal que crie uma nova crise de identidade suficiente para se perguntar: esse é o meu nome mesmo? quem na verdade sou?

7 de junho de 2009

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pra mim quanto mais indiferente eu me sentir sobre as coisas melhor...