27 de dezembro de 2009

Depois de um tempo viajando com a familia pensei muito e tive sonhos ruins. Preciso escrever tudo isso.

Dezembro foi o mês mais conturbado do ano. Sim, logo o último, aquele que eu faço o reprise de tudo de bom, quando percebo tem coisa boa acontecendo ainda, e minha cabeça fica sem um ponto de apoio. Revi aquela hippie louca - antes mesmo de reve-la já tinha refletido como todos esses meses eu fugia dela me ocupando com outras coisas e pessoas, tentando me proteger da realidade - no dia eu estava num show do dead fish, bêbado, perdido. Quando vi, nao acreditei. Ela pensou que nao tava reconhecendo... Como, como nao reconhecer?... Ela nao percebe a impressao que deixou em mim. Vou dizer uma coisa, Túlio Caio é o tipo de pessoa que nao consegue se apegar a nada, com excessao de uma coisa sagrada. Essa "coisa sagrada" é ela. Por mais que eu nege, foi uma coisa idealizada. Talvez ainda seja, e eu penso em me focar em outra garota. Só nao sei qual, uma que me faça querer ficar 24 horas ao lado dela vendo o que ela faz, como age, se faz loucuras e porque faz loucuras. Uma garota linda, simpática, misteriosa, sedutora, faladeira, deprimente, desligada... e muitas outras coisas.
Queria saber muito mais, só que ela nao deixa. De certa forma agrada a idéia de ser idealizada por mim e tenta manter a aparencia de desejada. Ela pensa que posso desprezar no momento que passo a conhece-la de verdade. Nao que ela tenha medo disso, ou talvez tenha.
Dificil seria pra mim dizer que nao enjoaria de ve-la um dia, entretanto o que eu quero é só descobri-la. Espero ter mais oportunidades e poder aproveita-las ao maximo.
Tive sonhos que ela me olhava com desdém, via ela vivendo uma vida sem mim, feliz, com outros homens. Talvez isso me incomode bastante por dentro, o fato dela ter varios homens correndo atrás dela. Me disse que tinha dois ex namorados dela só no show, e um que disse que se a visse com outro ia bater. Há, e eu achando que era o único. O engraçado foi que na hora eu enchi o peito querendo que o cara aparecesse, e meter a porrada nele. Nessas horas me sinto tao tolo, inocente, burro, seduzido por mulheres problemáticas. Ela disse que eu mudei bastante, mal sabe como ela mesma mudou. Ficou gordinha, encheu o corpo de tatuagens modernas degradês, pintou o cabelo de ruivo. Diabos, lembrando dela agora meu coraçao dói de saudade, de desejo. Eu quero ter ela só minha, quero que ela se submeta as minhas vontades. Aquela égua selvagem se submetendo a um treinador magricela, pfff. Isso nunca vai acontecer.

4 de dezembro de 2009

enfim fiquei tao entediado com minha propria rotina que parei de escrever

24 de novembro de 2009

Tulio Caio p3

De terça a quinta os dias sao todos muito parecidos com a segunda-feira. Acordo, vou pro estágio, vou pro colégio, saio e vou pro ponto, procuro um onibus e passo pela terceira ponte de novo, no meio de um monte gente fula da vida e doida pra chegar logo em casa. Eu inda mais.
Quando paro no ponto, vou andando até a locadora do japonês e pego o filme mais sangrento que eu ver pela frente. Algo que satisfaça a minha raiva, algo que mate minha sede de sangue depois de uma rotina cheia de gente faceira por todos os lados. Chego em casa chuto meu cachorro tomo banho troco de roupa ligo o dvd assisto o filme com um sorriso no rosto e depois sento aqui na minha cadeira pra caçar algo interessante na internet. Não é uma vida muito emocionante, mas ela me força a buscar coisas novas a todo o momento. Tenho muito medo de cair na demência cotidiana, e aos poucos vejo alguns sintomas em mim. Quando repito uma piada ou digo breguices, já sei que tem coisa errada, entao procuro desenhar, escrever, ouvir música, ler um livro. Sei que sempre há o que fazer, sempre. Apesar disso ser bem saudável, quem vê fica achando que sou doido. Mas bom assim, que pelo menos estou longe de ser normal como eles.

23 de novembro de 2009

Tulio Caio p2

Segunda-feira, costumo acordar umas 7 horas e chego atrasado no trabalho. Ou acordo inda cedo e chego tarde no trabalho por causa do caótico trânsito da manhã. Eu fico preso por mais de meia hora do ponto até o começo da 3ª ponte, e o sol na minha cabeça fritando meus miolos. Tem dias que perco a paciência e saio do onibus e vou pra casa mesmo, na verdade acharia normal que eu fizesse isso sempre, nem sei como aguento uma situação ridicula dessas. As vezes fico olhando pra cara das pessoas do meu lado, parece um monte de robô, não falam nada, não fazem barulho, é estranho. Raramente algum indivíduo não acostumado a esse tipo de rotina, bate boca com o cobrador, ouve música sem fone (eu faço isso) ou alguma escrotisse qualquer.
Chego no trabalho dou bom dia pra um monte de gente chata, bato cartão e simplesmente trabalho. Depende muito do dia, acontece de não ter nada pra fazer ou ter tanta coisa que não dá pra fazer tudo num dia só. Acho que todos os órgãos públicos são assim, o Tribunal de Contas do Estado não é exceção.
Quando dá meio dia bato cartão de novo e vou almoçar num restaurante longinquo, mas onde aceitam que eu pague fiado. Antes eu comia em um self-service perto do tribunal mas meu salário acabava rápido demais, então melhor andar que nem um nordestino do que ter uma rotina tranquila e nenhum dinheiro no bolso. Se não fosse o esforço, ir pra vitória todo o santo dia seria totalmente em vão, a não ser pela experiência do estágio que ajudaria se eu me formasse em direito ou ciência da computação; e sendo que pretendo me formar em medicina, não ajuda muito.
Enfim vou pra minha adorável escola pública, regorjizar o ensino público, com professores públicos e hipocrisia pública. A única vantagem que vejo nisso tudo é fazer intercâmbio no exterior com o governo pagando as despesas, mas não ponho muita fé que vou ter 97% e 100% de desempenho no curso, comigo nada é certo. Primeira aula da segunda é de inglês e se não chego atrasado, durmo na aula. O professor gosta de mim, a gente conversa bastante, as vezes em inglês mesmo, e tiro boas notas com ele. Com os outros professores não ando muito bem porque é dificil me esforçar pra chegar em casa e aprender sozinho. Física é uma matéria simples, o professor é experiente, mas não sabe explicar de uma forma que eu entenda. Português também é uma matéria simples, a professora explica bem mas não sei porque diabos acabo dormindo na aula, derrepente é o calor que me deixa exausto. Sem ironia.
Final da última aula to ensopado de suor e cansado, perco a vontade de ficar com alguma menina bonita da escola. Pra falar a verdade perco a vontade de ficar com aquelas meninas muito fácil, quando alguma chama minha atenção sempre acabam falando alguma coisa escrota e aff, broxo.
"LUA NOVA blablabla", "olha meu gatinho que fofo!", pagação de pau e cagamento de flores.

21 de novembro de 2009

Tulio Caio p1

Andei pensando e decidi escrever sobre minha vida no blog. Nao meus pensamentos tolos, mas a minha rotina, os fatos cotidianos e frustraçoes cotidianas. Acho que terei bastante trabalho pela frente pois as vezes, um pequeno momento na minha vida pode significar muito ou nao pode significar nada. Depende se eu estiver me esforçando pra ser otimista sobre a situaçao que vivo no momento. Exemplo, quando erro o caminho pra algum lugar que nao conheço bem, ao menos andei por caminhos que nunca tinha andado antes, e entao conheci lugares novos e vi gente nova, ou até quem sabe ganhei mais que se tivesse ido pelo caminho certo. Bom, minha vida é muito simples, nasci no Brasil em alguma parte do litoral e tenho uma familia de classe média baixa desde sempre, dificil seria esperar muito de uma história tao simples como essa. Sinceramente o que acho que irá surpreender voces é meu jeito maniaco de pensar e de entreter a mim mesmo com meus pensamentos. Enfim, deixe me concentrar e achar a ponta dessa bola de fios de lã.




Toda semana começa no domingo, dia que eu acordo tarde em algum lugar. Em algum lugar que eu conheça, é claro. Se eu acordar na casa de um amigo é muito tranquilo, fico numa boa interagindo com uma familia que nao é a minha e me sinto bem por ter a impressao de conviver com pessoas diferentes. Gosto muito de pensar em pertencer a outra familia, viver em outra casa, acho que isso seria definitivamente relevante na minha personalidade. Mas eu sou idiota falando isso pq n to dando valor ao meu próprio esforço, alias nunca dei muito valor mesmo pq sempre to achando que um dia vou me esforçar extremamente bem e ter orgulho de mim mesmo por isso. Esforço que eu digo é de ser voce sem influencia de ninguem, é dificil pra caralho gostar de uma banda que voce descobriu sozinho, adorar um filme que voce foi lá e achou na locadora, e falar uma lingua fluentemente sendo que ninguem perto de voce sabe nem falar oi.
Entao é mais ou menos isso, tá mal explicado. Se acordar na minha casa mesmo, levanto da cama e ligo o pc dps faço outras coisas basicas. Porra eu tenho um pc foda bem no meu quarto e nao dou valor a isso. Se bem que meu quarto podia ter uma porta tambem rs.
De tarde tem aqueles bostas flamenguistas gritando e com som do carro alto pra caralho tocando algum funk escroto no bar que tem em frente a minha casa. Fico puto a décima potencia do cateto da hipotenusa. Eu sou botafoguense desde que nasci, nunca gostei de flamenguista por eles serem tao .... tao brasileiros. Eu n gosto de brasileiro, verdade. Tem dia que eu olho em volta e vejo um monte de gente extrovertida com olhar estúpido fazendo coisas chatas e sendo irritante. Talvez todas as pessoas do mundo sejam assim, ou talvez por isso que tem vezes que eu gostaria tanto que todo mundo morresse, mas esses sao outros quinhentos. No domingo eu sempre digo que vou estudar o dia inteiro mas faço alguma coisa que demora muito e o tempo que sobra vou ver tv ou uso o computador e lá pras 11h vou lembrar que tenho que estudar e durmo. Deve ser por isso que to de recuperaçao final em química e mais umas materias que tenho que checar no boletim... to com preguiça haha
enfim meu domingo é bem chato, e é o único dia que nao vou pra vitória, pelo menos nao fico puto dentro de um transcol lotado e porra, transcol lotado é o simbolo da pobreza. Enquanto eu to lá suando e me espremendo tem uns filhos da puta voando de helicóptero por aí. Próximo post eu falo como é minha segunda.

9 de novembro de 2009

As coisas mudaram muito desde um tempo atrás. Me lembro da época de juventude, quando lutava contra criminosos que praticavam crimes com propósitos razoáveis. Era um tipo de ligação entre opostos, eu e os espertos, competindo pra saber quem saía por cima. Agora é como se estivesse combatendo um inimigo invisível, pessoas doentes que se manifestam derrepente e transmitem sua loucura sem o concentimento de ninguém. Mas o que meu último caso mostrou foi algo que jamais vou entender...

Detetive Flitznick, Cake Town, 1 de maio de 2053

Eu estava sentado em minha cadeira tentando resolver um problema de extrema complexidade, quando ela apareceu. ***** entrou sem ao menos bater, ela sabe que eu odeio quando ela faz isso, mas nao se importa, acha que só porque ela nao tem o maldito costume que todo mundo pode sair fazendo a putaria que quiser por aí. Olhou para mim com aqueles olhos languidos, estava pálida como a neve. Desde que conheci ela sempre foi branca, mas parecia que tinha caído num saco de farinha naquele dia.

- Oh Nick! Eu me jogo a seus pés! preciso de sua ajuda (em espanhol)
- Estou farto
- Nao, por favor! me ajude!
- Voce nao entende, eu cansei de voce. enjoei de olhar pra esse seu rosto, esse seu cheiro... me dá nojo
- Nao me trate assim Nick, voce sabe que sempre fui obediente, nao sabe?
( ***** foi minha namorada há um tempo atras. Depois que me distanciei ela tomou gosto pelo próprio sofrimento e vive atras de mim o tempo todo. O amor que ela sentia por mim foi dilacerado como as entranhas de um camundongo, capturado por uma coruja noturna. Agora o que resta é a cicatriz do orgulho ferido, incenssantemente insaciável, um diabo destinado a me enfernizar... Apesar disso, arrumei uma funçao para ela. Informante.)
- Sim, é verdade, mas nao trabalho mais com a máfia. Seu serviço agora me é inútil.
- Pois saiba que vim aqui por outro motivo, detetive Flitznick! Estou sendo caçada por um serial killer!
- E que tenho eu com isso?
- Bem, depois que papi Billy morreu, ainda sobrou grande parte da quantia da herança, e posso oferece-la toda para voce Nick!
( Billy foi um grande mafioso em Cake Town, mas depois que concentiu poder ao manda-chuva George Gigge, tornou-se um velho estúpido e suntuoso, alguns meses depois foi encontrado morto na banheira de seu flat, nao quis me relacionar ao caso)

(Minha geladeira anda vazia e só sobrou dois maços de cigarros na gaveta... as coisas nao andam muito bem para mim... preciso desse dinheiro... mas nao)
- Nao.
- Como nao? Nao tem mais o que comer, está puro osso! olhe!
- Estou bem.
- Voce nao me engana Nick, sei que está mentindo. Vamos, eu posso pagar adiantado se quiser.
* silencio *
- Diabos, odeio minha vida. Diga me quem está te ameaçando.

[...]

1 de novembro de 2009

O ato

Toda ação humana tem uma intenção básica, que supostamente seriao de ser agente transformador de determinado ambiente. Alguns desses atos, estabelecidos em razão de um ideal, como a justiça, a paz, a fé; acabam por não ter efeito algum, ou efeito contrário. É um paradoxo buscar justiça cometendo injustiça, buscar fé com falta de fé, exigir esperança quando ela se expira. Diante do dilema, numa situação de desespero, não agir de forma alguma seria razoável. Mas o ser humano sendo selvagem por natureza, comete sempre os mesmos erros dos que julgavam estar errados.
Conceitos humanos são incoerentes como vacas voadoras e chifres equinos.

28 de outubro de 2009

desencanto

Fredderick, aquele que ninguem esperava grande coisa, se mostrou ser o mais indigno porém o mais respeitado perante o antro de jovens da cidade. Quando pequeno os olhos verdes nao significavam muito, pela face afável comum de toda criança, e qualquer caracteristica por assim dita criava uma impressao normal. Os pais sendo empresarios de médio porte, nao tinham tempo o suficiente para interagir e influenciar cada passo do menino, abrindo espaço para que as amizades escolhidas por ele pudessem guia-lo pela jornada da vida. A cidade que Fred nasceu nao é e nunca foi de gente simpática, cada um comprava seu pirulito e andava no seu proprio triciclo. A adolescencia de Fred começou muito bem a partir do momento que as sobrinhas de sua mae Ana se mudaram para sua casa. Um grande incendio deixou as duas órfãs, que tambem perderam o seu pequeno piquinês e o gato persa entre as chamas. Para um jovem que está descobrindo as malicias da vida, ter esse tipo de compania é um prato cheio.
Na escola seus colegas de classe média alta se entusiasmavam contando suas historias efemeras sobre como fizeram amor pela primeira vez, dentro de algum banheiro publico ou pelo interior da provincia, com camponesas rusticas e inocentes. Na maioria das vezes era mentira em cima de mentira, para intimidar os outros meninos e sair com a imagem de astuto. Desde criança Fred aprendeu a ser discreto nos menores detalhes, mesmo nas horas que dá aquela vontade de deixar todos com os queixos caidos contando sobre os dias em que seus pais viajavam para o norte a negocios e a casa ficava sobrando apenas três...

26 de outubro de 2009

De olhos fechados à noite, costumo ver e presenciar o que nao existe
se abro os olhos, tudo que vejo de perto está bem, como as coisas do meu quarto quando levanto da cama
mas quando saio pela rua uma nevoa me impede de ver algumas coisas... eu sou miope, uso oculos quando preciso, isso é, nem sempre ver tudo como vejo no meu quarto é relevante.
desde criança me acostumei a ficar atento ao toque do telefone, ao som do aviao passando no céu, o sino do colegio batendo indicando o fim da ultima aula, e ver o rosto de cada pessoa que passa diante de mim.
cada rosto era diferente, isso me fascinava, existir tantas pessoas diferentes com tantas historias pra contar, e fui conhecendo algumas das pessoas que passavam diante de meus olhos já miopes.
enjoei de quase todas.
em diante nao dei mais importancia para os rostos que passam de longe, em formas de silhunhetas coloridas e ambulantes, com suas historias pra contar. as vezes passa um conhecido meu e nao sei bem como, reconheço contornos desfocados de olhos que eu ja tinha encarado antes, pra falar bem acontece sempre com apenas uma pessoa. vejo o cabelo castanho e liso super comum, a estatura comum, braços e pernas comuns, e mesmo que nao esteja olhando exatamente pra mim, mesmo que nao esteja me dando tchauzinho de longe, eu sei bem quem é essa pessoa.
o problema é que nao sei se essa pessoa ainda me reconhece... ate mesmo de perto.

28 de setembro de 2009



Os adolescentes do seculo XXI descobriram uma forma de terem uma vida social estavel sem correr risco de ferirem os proprios sentimentos, eles simplesmente beijam desconhecidos depois vao embora. Uma maneira pratica e versatil de ser feliz, a filosofia de vida de pessoas que querem ser pirus voadores e vaginas aladas. Mal se ve alguem brigando com outro por causa de um amor, por causa de alguma coisa que acredita, porque na verdade ninguem mais acredita em nada e nem ao menos se conhece direito pra saber o que quer e o que nao quer. Acho uma puta degradaçao de valores, essa vida facil que andam adotando. Obviamente tem o lado bom, mas nao se aplica a mim.
Quanto tempo que nao vejo um feito que merece respeito, ninguem mais tem coragem de arriscar o coraçaozinho por outra pessoa e diante disso viver numa solidao disfarçada por algumas caricias de final de semana. É so dar uma olhada em volta e observar as semelhanças entre cada pessoa na rua. Parece que todos sao o mesmo sujeito quieto andando sozinho. Derrepente criou-se uma identidade global onde o dinheiro e o 'mérito desmerecido' sao os tesouros a serem conquistados, independente das condiçoes. Essa busca nao me cheira bem, e nao gosto do jeito que as coisas andam. Daqui a pouco nao vai existir mais amor, nao vai existir mais odio, por que coisas assim "nao trazem lucros" pra coca-cola ou pro google.

27 de setembro de 2009

a beast has born


Enough. I said enough to all these people that think ill be submiss forever. Im going straigh to the roots of the problem and wipe out until nothing more remains.

30 de agosto de 2009

Ele precisava de algo que o distraisse, alguma coisa que nao lembrasse dela. Um amigo ligou dizendo que iria ter uma festa a noite, e que ele estava "convidadíssimo", quase ameaçando se ele nao comparecesse. Numa circunstancia dessas, era dificil negar. Arrumou-se, e quando deu 9h e poucas, foi ate a festa. "preciso beber, faz tempo que nao bebo" pensava. Dobrou a esquina numa rua silenciosa e avistou um casarao bem iluminado. A musica ainda nao estava tocando, e a festa tinha começado faz um tempo. Ao parar em frente ao portao da frente, um odor de gente exalava pelo ambiente, cerveja se via estocada por todos os cantos, de cada cômodo da casa. "Luis é tao preguiçoso que nem se da ao trabalho de guardar a breja perto dos freezers" pensava ele e balançava a cabeça em desaprovaçao.
Entrou na festa e cumprimentou os colegas exaltados, sem demonstrar muita espectativa.
- Julio, olha quanta mulher gostosa Julio! Esse lugar vai explodir de esperma hoje meu velho! - dizia num tom agudo um amigo dele.
E foi ficando cada vez mais animado, aos poucos conseguia entrar numa sintonia indireta e tranquila com cada um e parecendo-se naturalmente amigável, como se estivesse colado na testa "gostei de você". Numa roda de amigos enquanto falavam sobre qualquer história engraçada, de relance Julio viu ele. Aquele desgraçado estava lá. Mesmo depois de ter avisado semanas atrás "Nunca mais apareça na minha frente!", ele tem a audácia de fingir nao conhecia, ou nao tava nem ai pra o que aconteceu.
Percebendo isso, deu um bufão cheio de odio, apertou os punhos. Seu coração fremia forte como sempre que via aquela asquerosa face. Julio se contia há meses, e agora ele nao conseguia mais. O seu destino estava selado. Respirou fundo e foi andando despercebidamente pra perto do maldito. Derrepente ela aparece, a causadora de todo o mal, a vagabunda que tinha o traído. No meio da multidao de gente que estava dentro da festa, o olhar dos dois nem chegaram a se encontrar. Julio sabia que mesmo se ela o visse, fingiria que nao viu, sendo tao indiferente e cretina quanto aquele desgraçado. Gabriel era o nome, aproximou-se de Julio apenas por interesse na namorada dele. Aliás, ex-namorada. Desde meses que o coraçao de Julio estava despedaçado, nao entendia muito bem como essas pessoas conseguiam ser tao frivoras. Naquele momento ele já havia posto pra cima de Gabriel, como se esse fosse algo exclusivamente para socar, feito um saco de areia. Ali nao existia remorso, sensatez, pena ou piedade; só a raiva imperava. Como a musica nao estava sendo tocada na festa ainda, todos os rostos se voltaram para onde estava vindo aqueles sons de pancadas abafadas, e exclamaçoes "o que voce esta fazendo?" "que isso?"; como se tudo aquilo fosse realmente um completo absurdo. No mundo individualista em que Julio vive, as pessoas acham que os problemas só se resolvem com indiferença e nada mais, uma frieza creditada na impunidade, cinismo acerbado. Depois que Luis apartou a briga, Julio virou-se para ela e fitou bem no fundo dos olhos, com ódio nas têmporas e fogo pelas mãos; e ela estremeceu de medo, chocada com toda aquela agressividade, sem conseguir dizer nada a respeito. Gabriel se estendia no chão todo ensanguentado, e contraía os braços para proteger seu belo rosto sensivel, que talvez depois daquela briga, nunca mais fosse belo como antes. Alguns segundos de silencio se passaram enquanto Julio engolia seu frenesi. Olhou para Gabriel em desprezo e foi embora, com a mao coberta de sangue.

16 de agosto de 2009

De vez em quando me pego pensando nela. Como vai ser quando ela voltar? Será que ela vai olhar pra mim e sorrir do jeito que ela sempre fazia, ou vai me tratar como um ninguem? Sinto medo disso. Mas, pra falar a verdade, nao seria pouco provavel. Mal converso com ela! E gosto desse jeito. Se conversasse mais nao teria graça, ia perder a sensualidade da coisa. Acho que ela nao pensa assim, talvez sinta vergonha e por isso sorri, um sorriso cheio de rubor, como se fosse uma menininha de 10 anos. Ah, isso me faz mais malicioso... hehe
Eu quero bancar o bonzinho tambem, sei lá, finge que eu tambem sou timido. Quando alguem diz algo estupido, fico em silencio. Quando me perguntam alguma coisa, sou breve e direto. Apesar disso, tranquilo. E se ela me olhar do jeito que eu olho pra ela, ahhhh
quem sabe eu nao fico vermelho!

11 de agosto de 2009

curse.

Its just like a curse. Damn, i think i was condemned in my other life to be isolated until the death but i died before completing the serve time. I live so lonely sometimes, those who i need are so far from me, and i couldnt use others. For living where i live, being what i am and knowing who i know, things become very hard to change. Some nice girls pass through me and i think: you could be mine..
its just like a nightmare, but awake!
So, if you have a nice home, a good family, great friends and a lot pretty women around, dont think you are something... you are lucky and thats all.

5 de agosto de 2009

passarinho verde

Eu tinha um passarinho. Todo o dia quando eu chegava da escola, ia pro meu quarto e deitava pra pensar, ele aparecia na minha janela. Era verde da cor da grama, como nunca tinha visto antes. Quando ele pousava logo dizia "bom dia!" e eu respondia "bom dia tambem!", um momento mágico mesmo, lhe contava meus problemas e ele me dava conselhos quando eu tivesse que melhorar em algum ponto; ficava sério se eu fizesse alguma brincadeira de mal gosto. Chamava ele de 'Auto-crítica'. O tempo foi passando, meus problemas foram mudando e eu deixei de ouvir os conselhos dele. Tinha vezes que Auto-crítica chegava na janela e me cumprimentava "bom dia túlio!" e nem o respondia. Então, um dia ele ficou farto da minha ingratidão e foi-se embora. Acabei que senti saudades dele, por acabar não conseguindo resolver meus problemas sozinho, e tornei a procurá-lo por cada árvore. Achei ele emcima de uma maçieira morta, lá estava ele, pequenino e imponente. Gritei "bom dia!", e ele me devolveu um sorriso irônico, riu na minha cara, em deboxe. Logo quando me virei ele me atacou. Investia contra mim diversas vezes, até que caí no chão. Eu o olhava assustado, e derrepente transformou-se numa imagem idêntica a minha. Fiquei branco como leite. Ele aproximou-se e deu o braço para me apoiar. Quando me levantei de pé, o passarinho me fitou nos olhos e disse: "apartir de agora, quando não conseguires mais resolver teus problemas, assumirei o comando e tu ficarás em segunda posição."
E assim é até hoje.

26 de julho de 2009

O tempo anda passando rapido demais!

Mas que desespero, eu nao sei o que fazer, amanha preciso de concentraçao mas hoje, mal consigo fazer alguma coisa e me canso! Preciso de tempo pra pensar, nao tenho esse tempo! Deixe me refletir, quero que afoguem minhas responsabilidades, nao consigo dar conta delas dessa maneira... suplico, mais tempo.

18 de julho de 2009

Prévia

Agora basta desses confetes; sofrimento, lamentaçoes, devaneios e banais. Acham bonito isso? Nao tem nada demais afinal, existem milhoes de blogs por ai com pessoas insatisfeitas com suas vidinhas, nao tem nada de novo nisso. Alias, até fora do mundo virtual, observe cada transeunte em sua jornada diaria de estudo/escola, todos eles tem sentimentos e desejos, cada peão de obra, cada enfermeira, cada secretária, cada gari... De vista parecem robôs movidos a pilha, mas se os conhecesse.. ahh saberão como sao seres incriveis. Entao, nao reclamem de que "nao há pessoas interessantes por aqui" pois há. Os mais humildes sao quem mais faria seus olhos verterem lagrimas e suas bochechas contrairem de alegria, só por conhecer a historia de vida de cada um. Mas, o que falta? O que falta é essa púrpura romana que nos textos sao descritos. As palavras, quando bem usadas, podem transformar o maior dos criminosos no mais bento dos santos. Digo isso mesmo sem ler bukowski, diga lá, um bebado, um velho safado, mas renomado. Há quem diga que eu sou inteligente, bonito e tudo mais, as pessoas que dizem isso veem esse lado meu, o lado da escrita. Se alguem nesse mundo me ama, talvez seja mais válido que beijem meus dedos que ainda meus labios, pois dos labios nao se costuma vir algo bom. E nao me contento com isso, sinto uma vontade enorme de me livrar desse fardo que me prende à superficie, diz mayra que estou preso pois sou fraco. Talvez seja fraco sim. Me prendo aos vicios, a mesmice, perco meu tempo com ninharias, depois de tanta frivoridade ainda tenho disposiçao pra ficar confuso e fazer milhoes de perguntas pra mim mesmo, mesmo sabendo que nunca conseguirei respondê-las de verdade. Enfim, nao importa o que eu quero, importa o que eu sou: um zero à esquerda. Por mais que me ame, nao posso deixar de negar isso diante de voces. E sim, beijos meus dedos, orgulho me de me salvar com essas benditas palavras. Por favor nao interpretem isso como falsa-modestia, nao sei se alguem irá me entender, mas tenho dupla personalidade (ja disse isso antes, nao?), algum tipo de auto-critica superdesenvolvida, auto-estima ídem. Se digo que sou independente, disso tem um fundo de verdade haha. E se puderem, tentem me imaginar agora: um quarto azul-bebê, uma escrivaninha cheia de trambiques e inutilidades, um garoto sentado curvado confortavelmente em frente a uma tela cheia de letrinhas, fundo musical (qualquer musica que lhe agrade) e uma conciencia perturbada e dramatica. Esse é meu momento de reflexao e atitude, é, minha atitude é ficar sentado. Grandes bostas que sou.

Quando a estátua chorou...

Hoje me senti feliz, hoje foi um dia que eu vi o que eu me tornei, satisfeito de compreensao. Nao exatamente, mas fui consolado por problemas internos. Deveria acreditar mais nas coisas, devia reagir, antes que seja tarde demais. Ah, quem diria, um jovem ser tao desiludido e frustrado! Isso é um absurdo. Ainda há tempo, claro, tenho tempo até demais, existem fatos que nao podem ser ignorados meus caros, no mundo ainda há pessoas boas e corajosas, pessoas que nao sao cretinas como eu.
Estive relendo alguns posts passados, e percebam como eu sou um tolo! Olhem meu rosto, a face de um covarde, isso que me tornei. Que me falta pra acabar com isso?
Hoje eu chorei, verti lagrimas em contemplaçao a um otimo filme escrito e dirigido por Florian Donnersmarck... - Caio, tenha pena de mim - meu coraçao diz.

11 de julho de 2009

surpreende.

No meio dessas fugas, dessas fugas do tédio, procuro alguma coisa que me faça valer, parar de pensar.
Por que? Nao sei mais ao certo. Mas é de certo que isso nao me faz bem! Observe me, olhe em meus olhos tudo que me falta, tudo que me falta é muito. Muito me falta.
Aflingido por isso, tranquilizado pela sensatez, ou seria: pelo comodismo... Nao há nada a se fazer que nao seja esperar, tudo cairá aos meus pés de uma forma ou de outra. Aos que duvidam, digo simplesmente isso: tentem. Acontece com Deus, por que nao acontecerá sem Deus tambem? Ademais, perguntas nada seriam úteis, a normalidade do anormal é a certeza de que tudo segue o caminho que deveria, até o ponto da insanidade.
Insanidade, palavra forte que surpreende....

surpreende...

8 de julho de 2009

Aviso

Tenho passado por mudanças na minha vida. Diante disso tomo consideraçao por quem me conhece e nao asseguro que tudo ocorrerá como costumam entender.
Podem suceder fatos inesperados...


Portanto, cuidado.

5 de julho de 2009

Quando as esperanças se vão...

Voce ama, se dedica a esse amor, mesmo que nao seja tao reciproco, e uma hora vc é ignorado, tratado como um idiota. Aquilo dói, muito, e vc nao sabe o que fazer: se der um gelo, vai ficar na mesma, mas se vc insistir vai parecer que vc quer atençao e realmente virar um idiota.
Aí entao vc começa a pensar, pensar, pensar, se sente humilhado, sozinho, triste, raiva de tudo aquilo! Que situaçao amaldiçoada... voce dorme numa penumbra de solidão, suas maos se tornam frias, nao reaje as coisas com aquela energia que vc costuma ter e entao, vc perde as esperanças. Perde a esperança quando sabe que nao há nada de errado consigo mesmo, nao há nada de errado com ninguem, mas acontece isso. Um caminho se abre no meio da penumbra: o caminho da indiferença. Nada pode te atingir agora, porque vc nao sente mais, vc é invulneravel pelo gelo que cobre seu coraçao com tanto carinho. Disso nao há tudo um mal, agora vc é forte, pode fazer o que bem entender, toda a dignidade que o seu amor tinha te prendia, nao deixava vc ser livre. Pois bem, depois disso vc passa a ter toda a liberdade que bem entende.
Acontece o mesmo se vc perder a amizade tambem. Antes amigo, depois vacilao, e agora vc ta pouco se fudendo. Faça novos amigos, nada melhor que isso pra curar sua sede.

Nós somos todos safados, se uma hora reclama, outra hora vc ta fazendo o mesmo... Eu só iria rir da cara da pessoa que me ignorou se ela viesse até mim me pedir alguma coisa. E nao é linda a maldade? Nao é?
Escrevendo tudo isso me lembrei do Clube da Luta. Tem uma frase assim: "In Club Fight, losing all hope is freedom." Talvez eu esteja realmente livre dessa baboseira.
E nao comentem nesse post, eu quero que vcs vao todos pro inferno.

2 de julho de 2009

Face to face


Indo pro ponto de onibus, trajeto que eu faço todos os dias pra estudar, estava pensando numa conversa que tive com uma garota... sobre ser tao insignificante quanto todos a sua volta. Veja bem, cada um segue seu caminho diario, cumprindo com seus compromissos, poucas vezes se vê uma relaçao amigavel, tudo tao estranho e ao mesmo tempo tao normal! Acontece que no meio de tanta gente nao da pra falar com todos, e ao passo que as pessoas tem medo de se relacionar com estranhos, fica um do lado do outro sem dizer uma palavra (o interessante é que quando há alguem conhecido nao consegue ficar nem mais de 5 minutos em silencio). Estava ali, parado ouvindo musica no ponto, e um sentimento de revolta foi crescendo em mim. No momento em que parou um onibus na minha frente, fixei meus olhos nos de uma mulher dentro do onibus, acredito que fiquei mais de 10 segundos olhando pra ela. 10 segundos encarando um estranho foi como se eu estivesse agredindo alguem à pauladas! Enquanto encarava aquele rosto nunca antes visto, subiu uma vontade de distrair meu olhar em outra coisa, parar com aquele "abuso" que eu supostamente estava cometendo. Digo assim, o que minha conciencia estava me dizendo era isso, "nao encare desconhecidos é perigoso", a coragem que tive foi graças ao fato de que ela sairia da minha frente em poucos segundos, já que ela estava num onibus e aquele nao era o ponto dela; e é claro por ela estar usando oculos escuros... mas ainda sim, foi uma luta.
Depois que o onibus seguiu seu caminho fiquei pensativo. Teria eu tirado a dignidade dela em 10 segundos? Pelos primeiros segundos ela devia ter pensado que eu a reconhecera, virou a cabeça em minha direçao lentamente, como se estivesse dizendo "eu vou olhar pra vc, desvie o seu olhar logo!" mas eu nao desviei. Entao acredito que ela me tomou por louco. Tenho quase certeza disso. Ah, com certeza desconhecidos nao devem encará-la como eu encarei. Pois me senti louco por um tempo, senti que podia encarar todos a minha volta, seria um usurpador de dignidades. Aquilo nao foi bom, quase perdi meu auto-controle, e o que aconteceu depois foi um sentimento tenro de amor. Amor! Fiquei um pouco sem ar por alguns instantes, uma sensaçao de bem-estar tomou conta de mim, talvez seja amor-proprio. Acho que agora que estou pensando um pouco melhor sobre isso (escrever faz as ideias mais nítidas) devo ter me sentido bem porque fiz algo contra as regras. A regra da descriçao em publico, onde cada um fica olhando pro seu canto pensando em alguma coisa distante que nao seja o lugar onde está, como se tivesse repulsa das condiçoes em que se transporta.

Pois bem, se um de voces me ver na rua, é quase certo que vou lhes encarar por muito tempo, ate que suas buchechas fiquem coradas e seu olhar encabulado. Vou encarar nao importa como, sendo conhecido meu ou não.

1 de julho de 2009

subversivo

Esse é um adjetivo que me cai muito bem. Há tempo que nao aceito regras, se sou obrigado ou vejo necessidade em aceitar, faço como se fosse um contrato com tais regras, até o momento que nao seja mais proveitoso da minha parte compactuar dessa maneira! Vejamos um exemplo para que todos entendam bem o que estou dizendo: Estudar. Sim, acho uma estupidez me dedicar a essas matérias do colegio, entender matrizes? saber como resolver uma questao de termologia?? porque diabos vou precisar saber pra que serve um grafico piramidal??? frontalidade como forma de pintura dos egipcios? eu me pergunto como a "equaçao geral dos gases" iria ser util na minha curta vida... essas porcarias nao seriam problema se houvesse um verdadeiro mestre na frente do quadro negro, aquele que nao diz que vc precisa estudar materia tal e ler pagina tal, porque ele já explicou tudo pra vc, ali na sua frente! Pois bem, ultimamente ando mais colando que perdendo meu tempo decorando formulas.
E essa subversividade nao é assaz vantajosa, dita pelo numero de inimigos que vc pode deixar cometendo atos subversivos. Veja, sublevaçao quando se tratando de autoridades do estado, é crime. Os policiais por exemplo alegam "subversão" quando alguem desrespeita uma ordem, e o sujeito fica de molho por 1 dia pelo menos se ninguem pagar fiança.
Desse jeito fica parecendo idiotice nao aceitar as regras. Akh, agora vos digo que por mais que pareça absurdo, é necessario estabelecer os tais "contratos", ainda mais se vc nao for rico ou tiver pouca influencia política.
Enfim, o termo é muito mais amplo que isso; nós estamos cercados de regras para todos os lados, pois as pessoas impoem regras e muitas vezes nao percebemos ou nao sao consideradas como regras. Regras sao valores, poucas pessoas tem conciencia de que podem viver com as proprias regras e talvez até impor regras para os outros.
Sim, viver em sociedade é como um jogo, individualista ao máximo.

30 de junho de 2009

Impertinente

Interessante quando ponho minha impertinencia em açao. Na maioria das vezes, as pessoas nao sabem como reagir diante daquilo e entendem minhas palavras como um insulto. Sei que testar os outros como eu testo nao é uma atitude muito bonita, mas me trás muita risada. Exemplo hoje mesmo um amigo meu disse que queria ser um grande pianista e fazer faculdade de direito; eu distraido disse que os planos dele nao dariam certo. Imediatamente ele tomou aquilo como uma tentativa de inferiorizaçao, ficou revoltado com minhas palavras cruéis, ha ha. Bem, de começo tive preguiça de explicar o que eu quis dizer, ainda mais que tinha uma chata do lado tagarelando que o meu amigo tinha "o direito de fazer planos e ser o que quiser", qualquer coisa do tipo. Aquilo pra mim foi um grande divertimento, ri secamente enquanto a bibliotecaria que estava acompanhando a conversa e me elogiou dizendo que eu tenho uma "energia boa"... Ah! eu achei muito engraçado como eles nao percebiam como estavam sendo idiotas! Eis que me enjoei de manter segredo do real motivo de ter dito aquilo e lhes contei:
"Os planos nunca saem exatamente do jeito que pensamos. Sempre há uma circunstancia que nao faz jus a propria imaginaçao, de um mundo maravilhoso onde voce pode ser o que quiser"
Claro, eu nao disse com essas palavras, gaguejei e ainda mais fui interrompido diversas vezes pelos ferozes ao meu lado. Entao aqui que recordo meu defeito: nao sei me comportar em uma discussao, me envergonha muito isso.
Vou tentar listar meus erros:
1. Quando todos dizem em tom alto que o que digo é um absurdo e zombam de mim, nao consigo manter a tranquilidade;
2. Na parte que peço para dizer o meu aparte diante de tal cena, nao sei por onde começar a falar, o silencio de todos tortura minha mente, como se eu estivesse sendo testado de alguma forma, entao fico pensando que eles estao pensando que nao tenho argumentos pois demoro a dizer o que penso.
3. Se gaguejo de alguma forma entao, já é certo pra mim que todos criaram um tipo de certeza de que nao sei do que falo ou que estou mentindo e deveria ser ignorado. Pois bem, deveriam me ignorar mesmo! Provoco os outros a toa, se caem na minha armadilha logo estao destinados a minha sorte ate que me canse de falar.
4. Sinto que minhas expressoes no rosto deixam a vista da pessoa que esta me retrucando, o meu nervosismo. Definitivamente neste momento todos tomam a discussao por séria e alguns ate se arriscam em insultar.

Mas minto, tudo isso nao passa de capricho, nao é de fato importante que eu saiba me comportar diante de uma discussao acalorada. Até porque, nao estou perdendo nada se fizer feio na frente de todos, tenho preguiça de me importar com a impressao que cada um tem de mim. As vezes tenho uma estranha fantasia de parecer intencionalmente que sou machista, ignorante ou qualquer adjetivo prejorativo. Faço isso só pra ver a reaçao da pessoa: algumas expressam cara de espanto, outras me fitam com cólera raivosa nos olhos, poucas veem a ironia por tras de palavras tao caóticas...

23 de junho de 2009

" - Por que está tão convencido?
- Se faz questão... não sei. Só sei que preciso ganhar, que essa é para mim também a única saída. É talvez por isso que tenho também a impressão de que devo ganhar na certa.
- Então precisa ganhar de qualquer maneira, já que está tão fanaticamente certo?
- Aposto que não acreditaria que eu seja capaz de sentir uma necessidade séria.
- Isso não me importa - respondeu Polina, em tom tranquilo e indiferente. - É uma pessoa desordenada e instável. Para que quer dinheiro? Não vi nada de sério nas razões que me deu outro dia.
- A propósito - atalhei - você disse que precisava reembolsar uma dívida. Boa dívida há de ser! Com o francês, suponho?
- Que perguntas são essas? Você está muito impertinente hoje. Andou bebendo?
- Você sabe que eu me permito dizer tudo e fazer-lhe às vezes umas perguntas muito diretas. Repito: sou seu escravo, e ninguém se envergonha do que diz um escravo, um escravo não pode ofender.
-Tudo isso é absurdo! Não posso tolerar essa sua teoria da "escravidão".
- Repare que se falo de minha escravidão não é porque deseje ser seu escravo; apenas a menciono como um fato que independe completamente de mim.
- Diga-me com franqueza, para que precisa de dinheiro?
- E para que você precisa saber?
- Como queira - respondeu, com um orgulhoso meneio de cabeça.
- Você não tolera a teoria da escravidão, mas exige a escravidão: "Responda e não discuta!" Muito bem, assim seja. Para que preciso de dinheiro, pergunta-me. Como, para quê? O dinheiro é tudo!
- Compreendo, mas não é preciso cair em semelhante loucura por desejá-lo! Pois você vai até o delírio, até o fanatismo. Há aí alguma coisa, algum objetivo especial. Fale sem rodeios, eu quero.

Parecia começar a irritar-se, e encantava-me que ela continuasse fazendo perguntas naquele tom arrebatado.
- Certo, há um objetivo - disse eu - mas eu não saberia explicar qual. Quando mais não fosse, porque com esse dinheiro eu me tornaria para você um outro homem, não um escravo.
- Como? Como conseguirá isso?
- Como conseguirei? Você nem sequer compreende como eu possa conseguir que me olhe a não ser como escravo! É justamente o que eu não quero mais, esses espantos e essas incompreensões.
- Você dizia que essa escravidão lhe dava prazer. Eu também achei isso.
- Achou? - exclamei com um estranho prazer. - Ah, que deliciosa ingenuidade sua! Ah, sim, sim, ser seu escravo é para mim um prazer. Existe, sim, prazer no último extremo do rebaixamento e da insignificância! - continuei a delirar. - Quem sabe, talvez exista igualmente no chicote, quando o chicote bate no lombo e rasga a carne... No entanto eu posso querer experimentar outros prazeres. Ainda há pouco na mesa, em sua presença, o general me passou um sermão por causa dos setecentos rublos por ano que, afinal, talvez eu não venha a receber dele. O marquês de Des Griuex (o francês) erguendo as sobrancelhas, olha para mim sem me notar. E eu, de minha parte, sinto uma vontade louca de agarrar o marquês pelo nariz diante de você!
- Fala de pateta! Em qualquer situação, é possível portar-se com dignidade. A luta, quando existe, eleva, não rebaixa.
- Frases feitas! Você simplesmente supõe que eu talvez não saiba portar-me com dignidade. Que embora sendo, admitamos, um homem digno, não sei portar-me com dignidade. Compreende que talvez possa ser assim? Realmente, todos os russos são assim, e você sabe por quê: porque os russos são por demais ricamente e diversamente dotados para encontrar de um momento para outro a forma adequada. Aqui o problema é de forma. Nós, russos, somos na maioria tão ricamente dotados que precisamos de gênio para encontrar a forma adequada. Mas o gênio frequentemente nos falta, pois em geral é muito raro. Somente entre os franceses e, quem sabe, alguns outros europeus, é que a forma está tão bem determinada que se pode ter um ar de extrema dignidade e ao mesmo tempo ser o mais indigno dos homens. Eis porque a forma tem tal importância para eles. O francês tolera sem pestanejar um insulto, um verdadeiro e profundo insulto, mas não tolera de maneira alguma um piparote no nariz, porque isto seria uma violação da forma tradicionalmente adequada. As nossas senhoritas têm tamanha queda pelos franceses exatamente porque veem neles uma forma boa. A meu juízo, aliás, não é questão de forma nenhuma, mas do galo que há neles, o coq gaulois. Aliás, isso é coisa que não posso entender, não sou mulher. Talvez os galos sejam bons. Mas estou dizendo bobagens, e você não me manda parar. Mande-me para com mais frequencias; quando falo com você, tenho vontade de dizer tudo, tudo, tudo. Esqueço toda e qualquer forma. Concordo inclusive em que não somente não tenho forma como me falta qualquer dignidade. Digo-lhe uma coisa. Não me importa nenhuma dignidade. Agora tudo se imobilizou em mim. Você bem sabe por quê. Não tenho na cabeça uma só idéia humana. Há muito tempo não sei mais o que se passa no mundo, nem na Rússia, nem aqui. Olhe, atravessei Dresden e nem lembro como Dresden é. Você sabe o que me absorvia. Como não tenho nenhuma esperança e sou um zero aos seus olhos, falo francamente: por toda parte só vejo a você, e o resto não me importa. Por que e como a amo, não sei. Sabe que talvez você não seja nada bonita? Imagina que não sei sequer se você é bonita ou não, mesmo de rosto? Seu coração com certeza é mau; e seu espírito deve ser ignóbil.
- Será talvez porque me acha ignóbil - perguntou ela - que pensa comprar-me com dinheiro?
- Quando foi que pensei comprá-la com dinheiro? - exclamei.
- Você começou a divagar e perdeu o fio. Se não a mim, é ao meu respeito próprio que você pretende comprar com dinheiro.
- Não, não é absolutamente isso. Já disse que me era difícil explicar. Você me esmaga. Não se irrite com a minha tagarelice. Você entende porque não deve irritar-se comigo: estou louco, só isso. Aliás, pouco se me dá que você se irrite. Quando estou lá em cima, em meu quartinho, basta-me lembrar ou imaginar o rumor de ser vestido para que fique a ponto de morder meus dedos. E por que você se irrita comigo? Porque me declaro seu escravo? Aproveite-se, aproveite-se de minha escravidão, aproveite-se! Sabe que um dia a matarei? Matá-la-ei não porque tenha deixado de amá-la, ou por ciúme; matá-la-ei simplesmente porque às vezes tenho vontade de devorá-la. Você está rindo...
- Absolutamente não estou rindo - disse ela, encolerizada. - Ordeno-lhe que se cale.

Deteve-se, quase sufocando de cólera. Palavra, não sei se ela é bonita, mas sempre gostei de contemplá-la quando ela se punha assim na minha frente, e é por isso que gosto de provocar a sua cólera. Talvez ela o tenha notado e se zanguasse de propósito. Disse-lho.
- Que asco! - exclamou com repugnância.
- Pouco me importa - prossegui. - Saiba que é perigoso passearmos junto: vem-me muitas vezes um irresistível desejo de espancá-la, de desfigurá-la, de estrangulá-la. Acredita que não chegaria a esse ponto? Você me põe em febre. Pensa que tenho medo do escândalo? Ou de sua cólera? Pouco me importa sua cólera! Eu amo sem esperança e sei que depois disso ainda a amarei mil vezes mais. Se eu a matar um dia, terei que matar-me também; pois bem, matar-me-ei o mais tade possível, para sentir esse intolerável sofrimento de estar sem você. Sabe de uma coisa incrível: eu a amo cada dia mais, embora isto seja quase impossível. Depois disso, como e não seria fatalista? Lembra-se, anteontem, no Schlangenberg, eu lhe sussurrei, quando você me provocou: "Diga uma palavra, e eu me atiro neste precipício". Se você tivesse dito a palavra, eu me atiraria. Não acredita que me atiraria?
- Que tagarelice estúpida! - exclamou.
- Pouco me importa que seja estúpida ou inteligente! - exclamei. - Sei que diante de você tenho necessidade de falar, falar, falar... e falo. Diante de você perco todo amor-próprio, tudo me é indiferente.
- Por que eu lhe ordenaria saltar do Schlangenberg? - perguntou ela em tom seco e particularmente ultrajante. - Seria perfeitamente inútil para mim.
- Admirável! - exclamei. - Você empregou essa admirável pelavra "inútil" só para me esmagar. Você para mim é tranparente. Inútil, então? Mas o prazer é sempre útil, e um poder feroz, sem limites, mesmo que sobre uma mosca, é também uma espécie de deleite. O homem é um déspota por natureza e gosta de fazer sofrer. Você gosta tremendamente.

Lembro que ela me examinava com uma atençao particularmente fixa. Certamente o meu rosto refletia naquele momento todas as minhas sensaçoes incoerentes e absurdas. Recordo agora que nossa conversa foi quase palavra por palavra igual ao que estou descrevendo aqui. Meus olhos estavam injetados de sangue. Juntava-se espuma nas comissuras de meus lábios. Quanto a Schlangenberg, juro sob palavra de honra, ainda agora: se ela me mandasse saltar de lá, eu saltaria!
Mesmo que o dissesse por brincadeira, que o dissesse com desprezo, com uma cusparada sobre mim, mesmo assim eu me atiraria!"
O Jogador - Dostoiewsky, Fiódor.

18 de junho de 2009

Viver e Sobreviver

Hoje depois da aula quando voltava pra casa, aconteceu de um mendigo me abordar, com certa educaçao. O dialogo foi mais ou menos assim:
- Com licença senhor, com toda a humildade venho lhe pedir ajuda e... - interrompi -
- Espera, acho que eu tenho 2 reais no bolso. Mas deixa eu te fazer uma pergunta: se voce ficar com esse dinheiro, voce poderia sair dessa condiçao de vida?
- Nao senhor, mas tiraria minha fome.
- Entao nao posso te ajudar.

Virei as costas e segui meu caminho. Sabe porque nao dei o dinheiro para o mendigo?
A questao está entre viver e sobreviver. A esmola serve como sustento para sobrevivencia, isso é, a luta para continuar respirando nessa cidade fria. Ele sentiria fome novamente, e seria condicionado a pedir esmola até nao conseguir mais e morrer. Será que ele de fato recebe ajuda das pessoas com as esmolas? Pra mim é demagogia.
O problema é que o sistema capitalista que vivemos tem como condiçao os excluidos sociais, aqueles que sao insustentaveis, causa disso tambem é a individualidade com que cada um lida com os problemas. Ninguem vai querer resolver o problema de um desconhecido, ainda mais alguem que nao pertence a mesma classe social. Pra falar a verdade as pessoas nao pensam nem na hipotese de encostar em um mendigo, porque ele fede, ele é sujo.
Nao vale a pena viver sob condiçao de sobrevivencia, isso requer ocupar seu tempo exclusivamente para ter o que comer, e se preocupar em sobreviver, nao importando como. Oras, a vida nem sentido tem, pra que se esforçar tanto nessa condiçao de vida? A justiça é uma farsa, a igualdade é outra mentira. Outro dia mesmo presenciei dentro do onibus uma mulher doente, com tipoia no braço, morrendo de fome e com filhos pra sustentar. Ela suplicava pela ajuda de todos, mas é claro, ninguem consiguiu nem olhar pro rosto dela. Era um sabado agradavel e todos estavam indo pro shopping, fingindo que a vida é bela e ir se entreter com a familia como se o Governo estivesse realmente preocupado com o bem estar e proteçao de todos. Isso nao é nenhuma novidade, todos estao cansados de saber, mas ignoram isso com uma cara de pau sem tamanho...
Eu nao ajudei a mulher porque nao me importo, isso mesmo, nao sou hipocrita, reconheço a minha vilanidade individualista de ser. Pra resolver esse problema só tem duas opçoes:
Ou vigiar o Governo para que ele se comprometa com a coerencia de sua proposta, e ajudar quem nao está sob efeito de tal açao protetora; ou reconhecer assim como eu, que somos todos despreziveis e só olhamos pro nosso proprio umbigo, visando sempre o proprio bem estar.

Enfim digo que viver de verdade é poder ler um livro, ver um filme, poder beber com os amigos no final de semana, assistir a uma peça de teatro, ouvir diversas musicas, escrever, fazer sexo com camisinha, contemplar discursos humanitários, rir, xingar, beijar, abraçar. ISSO é viver, esse seria o padrao de vida que o Governo deveria sustentar.

14 de junho de 2009


Desde 2008 que nao me sinto tao bem, sozinho. Tenho tempo de sobra para organizar minhas idéias, exercitar minha imaginaçao, tratar de assuntos desnecessarios com pessoas pouco conhecidas por prazer - e talvez por prática da sociabilidade de uma maneira menos arriscada -. Quando tudo isso cansa, dedico me à leitura de Dostoieviski, Crime e Castigo. Antes nao prestava atençao nas obras literarias por manter uma idéia fixa de que nao é necessario livros pra desenvolver o intelecto, contradizendo de com gosto o que meu pai tanto prega pra mim e minha irmã - infelizmente (ou será felizmente?) ela nao desenvolveu o senso crítico muito bem, leu alguns livros por prazer mas raramente algum que fosse realmente digno de boas críticas. Madrinha dela há muito tempo a ofereceu uma coleçao completa de obras contendo ao menos 18 clássicos, autores como Voltaire e Tom Jones, e ela nao leu sequer uma delas -, enganei muita gente com meu pseudo-conhecimento abrangente. Desde que comecei a estudar, que uma auto-crítica construtiva vem tomando minha atençao: preciso de ler muitos livros.
Quando estava lendo certo diálogo do livro
"- Gostas muito da tua irmã Sônia?
- É a pessoa de quem mais gosto no mundo."
me sensibilizei repentinamente, como se me injetassem emoçao pela vêia. Eu nao cheguei bem à chorar de comoçao mas, aquilo por hora me assustou, ri ironicamente. Depois refleti melhor sobre o fato de nao ter lido muitos livros, conclui que é normal de que me emocione com uma grande obra dessas, devo manter a humildade e reconhecer o que outros já reconheceram muito antes de mim.
Diante de tanta coisa, passando tao rapido na minha vida, nem pude notar que aquela velha insatisfaçao que me aflingia tanto já nao me tortura como antes. Acredito que devo isso ao amor próprio que comecei a cultivar a pouco, com orgulho me mantenho independente. Já nao ligo pras besteiras que me importava tao ativamente, chorava, mordia os labios de raiva, meditava em funçao de controlar me, diante de situaçoes que nao sabia ao certo como agir; tudo isso eu julgava em nome do bem estar dos outros - "A minha felicidade é a felicidade dos outros" - dizia ingenuamente. E dizia até com um certo orgulho de mim mesmo, um orgulho desmerecido. No fundo eu queria experimentar as coisas de uma maneira mais intensa, participar da vida dos outros, como se viver a minha propria vida já nao bastasse. Blerg, por essas e outras que nao gosto de recordar meu passado, nem as pessoas que participaram dele.

Mas no final de tudo mesmo, eu só estou... bricando de viver, só isso. Nao exijam muito de mim.

12 de junho de 2009

Teste: Você é Psicopata?

Uma garota, durante o funeral de sua mãe, conheceu um rapaz. Ela achou o cara tão maravilhoso que acreditou que ele seria o homem da vida dela. Apaixonou-se perdidamente, mas nunca mais o viu depois desse dia.
Dias depois ela foi presa acusada de ter matado a própria irmã.
Pergunta: POR QUE ELA TERIA MATADO A IRMÃ?
Se você acertar a resposta você pensa como um psicopata.
Este é um famoso teste norte americano usado para detectar a mente dos criminosos. Vários presos por assassinatos em série acertaram a resposta.

Resposta: Porque ela queria que o rapaz aparecesse denovo.

Eu nao acertei a resposta, por mais que pareça óbvia pra mim, eu nao conseguiria responder com clareza. Matar a irmã é uma opçao assim como qualquer outra da familia.
Há, me sinto feliz com o resultado, isso significa que eu nao sou tao louco quanto pensava ser.

blerg..

escrever escrever

hoje acordei com meu despertador típico de gato miando. Abri os olhos, meus movimentos estavam descoordenados, senti que perdi alguma coisa... sentei na cama e olhei pro chão, tudo parecendo de plástico.
Senti um gosto amargo na boca, como se tivesse lambido o mundo. Porra, o que eu perdi foi a vontade de viver. Mas mesmo assim me sinto bem comigo mesmo, até, acho que nunca me senti tao bem comigo mesmo antes. Talvez seja interpretado como complexo de superioridade, enfim definam como quiserem, o fato é que eu sinto isso.
Afeiçoes, eu nao as evitei, agora se foram. Nao gosto mais de ninguem... nao tenho mais ambiçoes, prepotencia, "carencia", o que é isso? nem sei mais. Esse deve ser o resultado de uma experiencia de 3 dias seguidos na frente de um computador. Eu quero sair, quero liberdade, mas nao há circunstancias favoraveis... dessa maneira nem consigo descrever bem o que eu quero.
Resumindo, tudo se tornou um desgosto, e nao insatisfaçao. Talvez o mais excelso nivel de auto-suficiencia eu tenha alcançado sem muita dificuldade. Como dizia Dostoieviski, "parei então de me irritar com os homens e acabei quase não os notando mais."

ENTRETANTO

como todos que lêem esse blog bem sabem, eu sou um ser antagônico, uma parte de mim ainda grita - mesmo que sem energias - desesperadamente para que alguma alma possa me surpreender e me inspirar de tal modo que eu possa continuar vivendo feliz, de alguma forma qualquer. "Por favor, me mostrem que ainda há alguem que valha a pena!" - o grito rouco vindo das profundezas de meus orifícios.
Eu nao estou em equilibrio com o ambiente em que vivo, só estou passivo por nao ter motivaçao pra agir de outra forma. Tenho vontade de simplesmente largar meu corpo como se tivesse morrido subitamente, esperando uma luz no fim do tunel... Cair como uma folha no final do outono - ou melhor - como um elefante depois de percorrer um deserto sem fim, exausto.
Desejo um horroshow, dos piores. Quero dar um tapa na cara de cada um para que acordem desse sonho idiota, repetitivo, asqueroso.
Vamos, voces perdem tempo buscando por algo que nunca vao alcançar, porque nada enfim é eterno. É hora de criar algo diferente, reajão da pior maneira possivel, se surpreendão, reagir de uma forma tal que crie uma nova crise de identidade suficiente para se perguntar: esse é o meu nome mesmo? quem na verdade sou?

7 de junho de 2009

.

pra mim quanto mais indiferente eu me sentir sobre as coisas melhor...

28 de maio de 2009

Vivendo de mentiras


Tipo eu fico abismado como as pessoas conseguem viver de mentiras.

Quando jovens, à flor da puberdade, pessoas descobrem o amor: ele trás tanta felicidade, tanta alegria... e acredita-se que tudo o que se precisa é aquela pessoa amada. Um dia aquele sentimento acaba - sendo por cansaço ou por falta de reciprocidade - e se sentem vazias. É óbvio que o amor nao é oq se pensara que era antes, mas por absoluta falta de bom senso a pessoa sente vontade de amar mais, pra se sentir bem como antes. Entao procura alguma alma inocente que nunca provou da doce mentira que é o amor e a engana como um charlatão. Ou quem sabe, acha um cúmplice que descobriu a grande farsa, mas que se tornou tao viciado quanto. E tudo se torna um ciclo vicioso de felicidade e busca por mais felicidade e mais e mais e MAIS. Nao sei se acontece com todo mundo mas, tem uma hora que chega num limite! Como suportar mentir tantas vezes pra si mesmo e nao se sentir um lixo por isso? Deve exisir uma capacidade inata no ser humano de ignorar os fatos e ter esperança de que o mundo é lindo e que tudo é maravilhoso, que um dia vamos morrer e logo iremos para um lugar onde todo mundo é feliz pra sempre.


Porra, eu nao aguento isso.

26 de maio de 2009

Next Day

Oi. Eu estou ouvindo Radiohead.
Legal né?


Pois percebam como a rotina acaba com a capacidade criativa de um indivíduo. Antes tudo vinha a mim de maneira tao expontanea, a corrente traçava seu caminho tranquilamente, mas entao vieram algumas pedras que me desfocaram o rumo.
As palavras mal escolhidas criam mais um obstáculo pra mim, ja nao sei mais onde usar virgulas e pontos, eu nunca soube mas fingia saber.

Esse é mais um outro post falando de mim mesmo, vcs logo estao pensando. Mas erraram (:
De certo que ainda nao tenho um plano do que falar, escrevo aqui mais por necessidade pessoal, eu nem vou divulgar o link do blog denovo, quem quiser ler vai ter que lembrar que eu escrevo aqui ainda. Me passou pela cabeça de escrever algum segredo, algo que realmente valha a pena saber, só que talvez seja muita imprudencia da minha parte. Acho que vou filosofar por aqui como costumo fazer e vcs vao continuar se engasgando com minhas virgulas e meus pontos desnecessarios. Nao sei bem porque eu escrevo desse jeito, as mensagens sao curtas e objetivas sem muitos detalhes o que pode predizer que eu quero impressionar alguem de alguma forma. Bom, talvez eu mesmo.

Esses dias li um texto muito interessante sobre o que é valor. Valor nao é algo que tenha valor em si, mas tenha valor para alguem. A preguiça bate, a reflexao começa e a desistencia é quase certa... As vezes vc pensa que nao vale a pena continuar com algo que nao mais lhe da prazer. Aí vem a virtude da contrariedade. Conflito, surpresa. Minha mente funciona assim. Eu sei que vcs se embolaram um pouco (rsrs) isso pq foi intencional. Mas faça como eu, sinta preguiça, reflita e desista, aqui, agora. Nao há nada que possa acrescentar na sua vida aqui.



Talvez se vc estiver curioso pra saber, ou quem sabe nao faça as coisas simplesmente por te acrescentarem e te darem prazer como eu, isso lhe faça continuar a ler. Nao estou me referindo ao destino desse post no plural pq sei que nao resta muita gente lendo isso até o fim, poucos se voluntariam a se submeter a esse tipo de leitura sabendo que há tanta coisa boa pela internet. Sabe que admiro os que fazem as coisas para fugir da rotina? O medo de se tornar alienado, de buscar sempre a mesma coisa para se satisfazer, como uma masturbaçao mental.
No começo do texto eu disse que qm achou q eu ia falar sobre mim mesmo nesse post estava errado, disse isso só pra impressionar. Vc ta certo, eu só sei falar de mim mesmo. No orkut ta bem escrito no meu album: Um ser humano humilde e ao mesmo tempo megalomaníaco, dois personagens encarnando o mesmo ator. Nao vou terminar esse texto.

25 de maio de 2009

Endorfina

Substancia capaz de proporcionar bem-estar ao cérebro... Desde que conheci uma pessoa, só tem rolado isso na minha cabeça (:
Pois é gente, aqui estou eu denovo postando nesse blog. Essa noite me senti meio sozinho pq parece que mayra nao vai entrar no msn hj, entao pra aproveitar esse tempo vou tirar o atraso e escrever como escrevia antes. Eu disse que isso aqui ia desandar, nao disse? hahaha

Há alguns anos comecei a sonhar com um Túlio Caio mais... digamos assim, estiloso (é verdade que desde muito tempo eu quis me aperfeiçoar como pessoa, ganhar moral e outras futilidades sociais). Derrepente me apaixonei pelo Reino Unido de uma maneira interessante. Comecei a ouvir o rock britânico, bandas irlandesas, escocesas, o jeitinho arrogante e independente de ser se tornou um tipo de comportamento expontaneo meu, muita gente nao gosta pq as vezes chega a ser anti-social, mas e daí né? (:

Infelizmente achar que é ingles e que mora na Inglaterra nao funciona muito bem. Uma hora ou outra a coisa fica feia pro meu lado e eu fico sem saída, pessoas enjoativas, falsas e moralistas de sempre me puxam de volta pra realidade, e eu fico preso ali.
Por muito tempo fiquei nessa condiçao, até que absolutamente do nada, uma garota aparece na minha frente com uma roupa hippie e diz OI! o.o
rsrs

Ela me faz lembrar esse Túlio Caio que nunca existiu... Nao sei, talvez o gosto musical dela tao parecido com o meu, talvez as historias das viagens dela, talvez até o jeitinho libertino de ser... Sinceramente eu acho que ela é capaz de fazer esse T.C existir.
Se meus dias de sofrimento acabaram, nao sei, mas que vou fazer o que puder pra que tudo continue como está, eu vou.

17 de maio de 2009

Sérgio Sampaio




Ontem, 16 de maio, rolou um tributo ao grando compositor capixaba Sérgio Sampaio.
Nao conhece? Pois é, nem eu conhecia. O que aconteceu foi que esse cara de grande talento, morreu em 94 e foi esquecido pela mídia, que deu foco apenas a outro compositor capixaba, Roberto Carlos. Uma amiga minha que costumam chamar de Moa -rsrs- me chamou pra essa festa nos confins de Vila Velha e eu só fui por que tava meio ruim mesmo.
Lá conheci bastante gente que curtia as músicas do Sampaio na época em que ele ainda estava vivo, até mostraram um vídeo de uma exposiçao que teve numa escola pública de Cachoeiro de Itapemirim (se nao me engano). Os alunos ali presentes nao tiveram muita simpatia com as músicas justo pelo pensamento de que "tudo que é velho é brega". Eu costumava ser assim tambem, nao ouvia pink floyd, beatles, cazuza, chico buarque, led zeppelin! Isso só porque meu pai ouvia quando jovem, mas um dia eu peguei um saca-rolhas e finalmente abri minha mente dessas viadagens-preconceituosas sobre a música.


Bom, o objetivo desse post é divulgar as obras de Sérgio Sampaio, porque apesar de eu nao curtir muito mpb/bossa nova e tal, acho que é musica boa e deve ser ouvida! Quase uma obrigaçao.

http://sergiobenditosampaio.blogspot.com/2007/12/compactos-raridades.html
aqui é o blog que fizeram como tributo ao Sampaio, tem vídeos dele tocando e músicas disponibilizadas gratuitamente pra que tiver curiosidade de ouvir.

tambem tem o myspace dele, se tiverem interesse acessem: http://www.myspace.com/velhobandido

Após ter sido radialista em Cachoeiro, Sérgio foi tentar a carreira musical no Rio de Janeiro. Contratado pela CBS (hoje Sony BMG), Sérgio lançou ao lado de Raul Seixas o álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 em 1971. No ano seguinte, lançou a marcha-rancho Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua no Festival Internacional da Canção. A música se tornou sucesso nacional e deu nome ao primeiro disco solo de Sérgio. Apesar do sucesso do compacto do Bloco, o LP não foi bem-sucedido, em parte pelo comportamento displicente de Sérgio, que se dedicava mais à vida boêmia carioca do que à divulgação do álbum. Já com o rótulo de "maldito" da MPB, Sérgio passou por várias gravadoras e lançou um álbum independente. Alcoólatra, só se recuperou do vício na década de 90, mas acabou falecendo antes de retornar a carreira.


Viva Sério Sampaio! \o/

11 de maio de 2009

Depois de um banho de agua fria, acordei e percebi que o campo nao é tao florido, ainda há muitos buracos que me fazem pensar: preciso ultrapassar limites.

I feel it! i can be brave, i can kill, i can hate, i can fuck, i can humiliate, i can rule.Yes i can be surreal among this scum...

A psicologia poderia me ajudar. O conhecimento sobre a área me guiaria diante de situaçoes cotidianas ou incomuns, eu saberia tirar o melhor proveito de cada pessoa, sem correr o risco de ser prejudicado. Nao me levem a mal, mas hoje eu acordei pra vida!
O ser humano é capaz de muita coisa, e existe uma grotesca hierarquia entre as pessoas, aqueles que sao mais egoistas controlam a propria vida - inclusive a dos outros - e os bobinhos sao controlados sem saber muito bem oq fazer quando um problema aparece. Esse blog perdeu um pouco do sentido, eu acho. Talvez fique um tempo sem postar, talvez eu nao sinta mais prazer em descrever o que eu penso sobre os outros e o tudo (ou quem sabe nao me daria o luxo de lhes contar). Quem confia em mim pode continuar confiando, desde de que nao me atrapalhem, de qualquer forma.


Esforçarei-me, o máximo que eu posso conseguir será alcançado o mais rápido possivel, e quando o máximo chegar, haverá ainda um longo caminho a percorrer...


vejo voces lá na frente.

10 de maio de 2009

Análise de uma tragédia.

"Hoje, nesse belo dia de domingo, acordo aos gritos de uma empregada desesperada. Fui informado de que uma senhora de 3ª idade tinha se jogado do 3º andar de onde morava. De começo fiquei meio assustado, estava eu no estado de vigília por hora. Desci pra ver a situaçao: fratura esposta nos pés, corpo estirado no chao, vizinhos proximos em volta. A cena pra mim nao foi de muito espanto, posso dizer que esse tipo de cena é comum demais pro o meu realismo, mas muitas pessoas estavam em choque." 10/05/09

Escrevi isso no dia que aconteceu e lembrei que nunca postei. Foi uma situaçao unica no condominio, embora ja tenham vizinhos novos no apartamento e ninguem mais lembre da velhinha voadora. Nao fazem homenagens, mto menos sei o nome dela. Queria entender por que as vezes parece que essa parte do mundo nao gira junto com todo o resto.

Bárbara

Muitas pessoas se perguntam, porque eu fiz uma tatuagem de um cacho de cerejas. Perguntam onde tiro forças em meus piores momentos. E qual seria o por quê de ficar tanto tempo na internet. Todas essas perguntas eu respondo com um nome, Bárbara Neves.
Como duvidar do amor, com todo o amor que tenho por essa pessoa? eu tento duvidar, mas muitas vezes é dificil (: Bom, cada um tem sua concepçao sobre amor. A minha é que vc ama de verdade uma pessoa quando vc adora todas as qualidades e defeitos, e pensa que terá uma morte feliz ao lado dessa pessoa, nao importando as condiçoes. Eu amo Bárbara dessa forma, amo minha "cerejinha" rs. Mas pra chegar até onde a gente chegou, nao foram só flores. Quando nos conhecemos era briga direto! Eu sempre inseguro e ela tambem, nao sabendo muito bem em quem confiar... Depois de vencer a desconfiança, a carencia, a imaturidade, finalmente conseguimos nos entender. Hoje um é igualzinho ao outro. Aguardo o dia em que eu possa viver ao lado dela, poder ser eu mesmo sem me preocupar com as pessoas ao meu redor, pq no final das contas, ela é a unica que importa. E se tenho qm eu mais amo perto de mim, oq poderia me causar mal? "Nós vamos fugir pra uma ilha deserta, onde nada possa nos incomodar." Eu fiz essa marca no meu corpo pra provar que eu fui marcado pela barbara, e ela nunca vai sair da minha vida... (espero que nao) Pretendo mover montanhas em nome desse amor, Everestes até! <3

8 de maio de 2009

não.

Pois é, como hoje nao fui pra escola acho que vou gastar meu tempo escrevendo sobre qlqr coisa aqui, fazer alguma construtiva nesse dia pacato...

Estou cada vez mais aumentando minha lista de inimigos. Imagino que seja por causa do meu jeito apático de ser, que uma hora ou outra acaba chateando e até magoando algumas pessoas. Mas quer saber, nao faço questao nenhuma de mudar. Nao nasci pra agradar ninguem mesmo né? Pra ser meu amigo nao pode ter muita frescura, só fica quem gosta de mim do jeito que eu sou. Agora me pergunto porque estou escrevendo isso - nao sei -. Nao é indireta pra ninguem.

Nessa vida a gente tem que se valorizar mesmo (contradizendo o ultimo post), porque ficar dando bola pra que os outros dizem é roubada. Quem julga os outros, faz de certa maneira com uma boa intençao, mas nao sabe como é ser julgado: Apontam seus dedos grandes
pra sua cara, falam agressivamente, debocham, e se deixar até te mandam pro fundo do poço, só pra dizer que desaprova algumas atitudes. Esses moralistas, vou te dizer... É como um amigo meu disse, cada um cuida da sua vida e pronto! Você pode achar que uma pessoa é chata, irritante, traíra, falsa, mas NAO OUSE mal-falar dessa pessoa, pois cada um tem a sua opinião. To falando isso pros fofoqueiros de plantão, que acham legal criar panelinhas por aí. Ultimamente eu to sendo intolerante quando fofocam na minha frente. Coisas como "ai, como fulano é ridículo, ele nao tem noçao nenhuma" ou "tenho que te contar um segredo!" - é FODA - Começou com isso eu corto.

Enfim, calem-se rsrsrs. Mudando de caminhao pra chiclete, ontem eu revi (pela 9183413ª vez) o filme Batman Dark Knight. O que mais impressiona no filme sem duvida é a genialidade do Coringa, ele controla a cidade com o velho sentimento que domina os seres humanos: medo. Todas as questoes morais que encontramos no nosso contidiano sao retratadas nesse filme como simples hipocrisia. As pessoas tentam mostrar que tem valor, sao civilizadas, julgam os que nao respeitam a lei e se sentem merecedoras de "direitos humanos". Mas quando o medo se espalha, todos esses conceitos vao por agua a baixo, e o ser humano mostra sua verdadeira face, seres despreziveis que sao.
Analisando bem as ideias, acho que o autor se inspirou em dois filmes: Club Fight e Dogville (quem nao viu que veja o mais rápido possível!). Club Fight se baseia na mesma ideia do Coriga, de ser um "agente do caos", inconsequente sobre a vida dos cidadãos construida com tantas mentiras para viver tranquilamente e feliz. Dogville fala sobre as questoes morais, onde a personagem aceita se submeter aos habitantes de uma pequena vila, acreditando nas suas "boas intençoes", mas acaba tendo uma grande decepçao. A ideia é generalizar o ser humano com seus defeitos inerentes.

7 de maio de 2009

Vida, tao simples/ tao complexa.

Sabe quando vc sente aquele ciumes fdp q te corroe por dentro? sabe quando vc sente aquele odio? e vc relembra fatos passados pra tentar justificar esse sentimento irracional? Sao nesses momentos que nós complicamos.
Quando sinto isso, digo pra mim mesmo:
"vc n é nada! nao merece nada... e para de ficar achando q ta certo ser assim."

ou:
"vc n é nada, mas ela é pior ainda. Fica na tua q uma hora vao enxergar q vc ta certo."


E é verdade, nós nao somos porra nenhuma. O que acontece é que ninguem enxerga isso, pensa ser especial no meio da multidao, único... entao acha que tem o direito de machucar, ou de sentir indiferença da situaçao. E isso realmente fode com os outros. Bem, eu n estou culpando ninguem, só estou sendo realista! Se ao menos todos refletissem e fossem sensiveis com as pessoas que sentem afeto pelos proprios, ninguem saia machucado. Enfim, a realidade é essa fazer o que?


Eu tambem nao sou de ferro: as vezes espero algo mais da pessoa, e nao me satisfaço com a indiferença, entao... acabo arquivando. Sabe como é né, pra proxima crise que eu tiver.

5 de maio de 2009

Em defesa dos fracos e oprimidos...

Vide G1: "Uma briga entre torcidas acabou em morte em Caçapava, a 116 km de São Paulo, no Vale do Paraíba. Um corintiano de 25 anos foi esfaqueado por dois rapazes, que fugiram. A polícia conseguiu localizar os dois. Um deles confessou o crime e foi preso em flagrante. O outro resistiu, lutou com o policial, roubou a arma dele e invadiu uma casa. Depois de muita negociação, ele saiu da casa, mas não entregou a arma. Trocou tiros com a polícia e acabou morto."

Vemos aqui um exemplo da justiça sendo aplicada. Matar é crime segundo o Código Penal Civil, óbvio, todos sabem disso, inclusive esses dois rapazes citados. Entao porque eles mataram o pobre corintiano? Penso que o momento de euforia de um campeonato estadual pode ter feito os su
jeitos esquecerem das consequencias, e saciarem seus desejos agressivos. Fugiram. Um deles caiu na realidade e confessou. O outro, entretanto, nao aceitou seu destino e fez de tudo para nao ser punido. O que voce faria?
Essa é uma questao delicada, porque a concepçao de 'justiça' foi incorporada ao senso comum. Eu particularmente tentaria fugir se estivesse na situaçao deles... mas isso nao significa que eu seja um "mal-carater". Nao há como negar, todo ser humano é egoista, busca sempre o bem proprio, mesmo em questoes como essas! Em algumas pessoas o egoismo aparece mais sutilmente, em outras é bem visivel.
Blá blá blá: Nao é porque voce quebrou uma regra que voce deverá ser punido, isso é uma ideia implantada na nossa mente, assim como qualquer "verdade" que encontramos por aí. A justiça foi criada pelos fracos e oprimidos, para que os proprios nao sofram de 'desvantagens', digamos assim. Voce é justo quando esta defendendo a si mesmo e ao mesmo tempo injusto por estar dando desvantagem aos outros. Ou seja, é totalmente relativo. Remember, y
ou ALLWAYS have choice. Choose wisely.
Nao vou dizer que o sistema te condicionou a aceitar a realidade e nao reclamar de nada, que somos alienados e tal - apesar de ser verdade já virou clichê - o ponto é que as pessoas gostam de ser submissas!

"Nós, enquanto homens livres, pensantes, fomos rebaixados a objetos mecanizados nas mãos da sociedade, somente por querermos desfrutar de uma vida tranqüila. Mas espera aí, quem faz a sociedade? Nós mesmos. Concluindo, somos obrigados a agir padronizadamente e de forma boazinha para o nosso "bem". Então, por que revoltar-se? [...]"

Essa foi uma crítica do filme Laranja Mecânica, todos devem ter assistido e entendido todo o sarcasmo posto pelo gênio Stanley Kubrick. (nao, eu nao vou falar sobre o filme podem ficar tranquilos)
Só quando uma pessoa perde algo que ela julgava ser indispensável, que ela percebe que ela é livre pra fazer o que quiser. O Governo tenta discriminar esse pensamento libertino pois pode causar o caos na sociedade e além de tudo faz os poderosos perderem o poder. Mas que merda, qq eu to falando!? Isso é segredo! :x Bom, essa merda de blog nao vai criar nenhuma revoluçao anarquista mesmo, to nem aí. Dia desses falo sobre um plano malígno que eu e Máyra bolamos, supimpa...

4 de maio de 2009

First freedom scream

Welly, welly, welly, well!
Acordei nesse dia de segunda beeeem indisposto. É engraçado eu escrever num blog em dia de segunda-feira sabe, ainda mais pra mim... Mas isso ainda nao tira o meu pessimismo: logo logo vou enjoar disso aqui e/ou meus posts serao cada vez menos interessantes. Acredito que só meus amigos mais próximos estejam lendo esse blog, porque nao há muita gente que ache que eu tenha o que falar. Bom, chega de baboseira!

First freedom scream, first time you share to everyone what came from your sick mind.
Eu não acredito em verdade absoluta, nao acredito nem que minhas afirmativas estejam totalmente corretas, isso seria ser cético do cético. Isso me faria uma pessoa extremamente insegura se não fosse meu entendimento sobre as magníficas concepçoes humanas, e como elas podem ser benéficas para seres que saibam usar com sabedoria. Ou seja, eu posso ser neo-nazista usando o melhor do neo-nazismo sem pagar por isso. Eu posso ser cristão usando o melhor do cristianismo sem precisar me alienar pra isso. Eu posso ser botafoguense usando o melhor do Botafogo sem sofrer à toa por isso. Por quê? Minha filosofia de vida está repleta de realismo, me fazendo imune a qualquer ideologia. Isso parece bom, certo? Bem, dependendo da ocasiao, voce pode se transformar em um morto-vivo em meio a sociedade; Sentir cócegas enquanto outros agonizam de dor, nao sentir nada em relaçao ao êxtase do orgasmo humano, nao ter necessidade de nada em meio a toda futilidade e busca pelo estilo de vida perfeito... A comida pode perder o gosto, olhos abertos parecem estar fechados, a música deixa de ser agradável e se torna enjoativa, o carinho de um afeto pode ser tao insignificante quanto uma folha caída no jardim. Nada poderá impedí-lo de jogar fora sua vida, já que voce reconhece que ela nao tem sentido nenhum e é o mesmo que a morte, senao pior. EU chamo o extremo realismo de niilismo, ou seja, um ser humano capaz de negar todo e qualquer tipo de ilusão. Sim, voce pode ter suas ideologias, elas fazem bem! E se voce for esperto, nao aposte todas as suas fichas em uma idéia.

Agora estou eu aqui, sentado no meu trabalho sem fazer nada. Eu deveria digitar os discursos feitos em Plenário da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, pelo meu tio que foi deputado estadual, que por vez é meu chefe. Eu o admiro muito, li vários discursos dele, e apesar dele cair em contradiçao e ser hipócrita inúmeras vezes, ele sempre pregava consensos em nome do bem comum. Dia desses, quando voces nao tiverem porra nenhuma pra fazer, apareçam na Assembléia Legislativa. No site http://www.al.es.gov.br/ tem a pauta prévia do dia. Claro, porque antes de criticar os políticos, primeiro voce tem que entender o que acontece lá dentro.
Pois é eu admiro meu chefe, ele paga meu salário, e cá estou eu escrevendo pra esse blog. Vou lhes contar uma doença que porto desde pequeno, chamada pessimismo. Eu sou pessimista em relaçao à mim mesmo, e por justa causa pois, quando ponho na minha mente que vou fazer/nao vou fazer alguma coisa, acabo me contrariando. É horrivel, quando isso acontece me sinto frustrado e incapaz... Pessoas dizem que nao devo cobrar tanto de mim mesmo, mas eu nao cobro! O que acontece é que sou estupido o suficiente pra achar que eu sou algo que nao sou - nem sei se sou estupido mesmo mas enfim -, tipo que no começo do ano jurei que ia estudar que nem um condenado e trabalhar feito uma mula, só que... é.
Tentando ser otimista, penso que vivo em Carpe diem, e tentando ser pessimista, penso que o Carpe diem foi uma filosofia de vida resgatada na decadencia do Imperio Romano, onde todo mundo vivia na farra enquanto os povos barbaros fodiam com as fronteiras. Talvez minha vida esteja sendo fodida pelas fronteiras também. Voces ja devem ter percebido como minha mente é bipolar. Mas nao no sentido de humor, e sim de idéias. Eu sou um completo caos. De certa forma vejo um tom artístico nisso, mas dificil de ser compreendido e tolerado em meio às pessoas.

Pra finalizar, desejo parabens pra Thays Nawell, que ta fazendo 17 anos hoje. Pra mim nao parece, achava que ela taria fazendo 20, pq essa menina tem uma maturidade incrivel. Imagino ela com 30 anos, vai ta uma matriarca já...

3 de maio de 2009

Você está livre agora. por enquanto



Digamos assim que após muita preguiça, e incentivado por pessoas
que nao me inspiravam admiraçao escrevendo dignamente em seus respectivos blogs, senti que escrever nessa merda de página poderia (talvez) me completar. Depois falo sobre isso.
Vou explicar: Eu sempre gostei de pensar, mas compartilhar minhas filosofias pros outros é questao de acaso. Quando tenho oportunidade de traduzir o que vem de minha mente, acabo gaguejando, enrrolando a língua e gesticulando em ritmo cansativo. Aposto que vou reler e refazer esse post muitas vezes, porque nesse momento estou preocupado com qual impressão voces leitores terão de mim. Mentira. Estou pontuando demais e escrevendo algumas palavras sem acento porque ainda sou preguiçoso. Isso aqui é apenas um tipo de terapia particular. Como está escrito no título, minha mente esta livre, por enquanto, porque eu sei bem que isso vai desandar de maneira absurda. Máyra que me ajude.