18 de julho de 2009

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Agora basta desses confetes; sofrimento, lamentaçoes, devaneios e banais. Acham bonito isso? Nao tem nada demais afinal, existem milhoes de blogs por ai com pessoas insatisfeitas com suas vidinhas, nao tem nada de novo nisso. Alias, até fora do mundo virtual, observe cada transeunte em sua jornada diaria de estudo/escola, todos eles tem sentimentos e desejos, cada peão de obra, cada enfermeira, cada secretária, cada gari... De vista parecem robôs movidos a pilha, mas se os conhecesse.. ahh saberão como sao seres incriveis. Entao, nao reclamem de que "nao há pessoas interessantes por aqui" pois há. Os mais humildes sao quem mais faria seus olhos verterem lagrimas e suas bochechas contrairem de alegria, só por conhecer a historia de vida de cada um. Mas, o que falta? O que falta é essa púrpura romana que nos textos sao descritos. As palavras, quando bem usadas, podem transformar o maior dos criminosos no mais bento dos santos. Digo isso mesmo sem ler bukowski, diga lá, um bebado, um velho safado, mas renomado. Há quem diga que eu sou inteligente, bonito e tudo mais, as pessoas que dizem isso veem esse lado meu, o lado da escrita. Se alguem nesse mundo me ama, talvez seja mais válido que beijem meus dedos que ainda meus labios, pois dos labios nao se costuma vir algo bom. E nao me contento com isso, sinto uma vontade enorme de me livrar desse fardo que me prende à superficie, diz mayra que estou preso pois sou fraco. Talvez seja fraco sim. Me prendo aos vicios, a mesmice, perco meu tempo com ninharias, depois de tanta frivoridade ainda tenho disposiçao pra ficar confuso e fazer milhoes de perguntas pra mim mesmo, mesmo sabendo que nunca conseguirei respondê-las de verdade. Enfim, nao importa o que eu quero, importa o que eu sou: um zero à esquerda. Por mais que me ame, nao posso deixar de negar isso diante de voces. E sim, beijos meus dedos, orgulho me de me salvar com essas benditas palavras. Por favor nao interpretem isso como falsa-modestia, nao sei se alguem irá me entender, mas tenho dupla personalidade (ja disse isso antes, nao?), algum tipo de auto-critica superdesenvolvida, auto-estima ídem. Se digo que sou independente, disso tem um fundo de verdade haha. E se puderem, tentem me imaginar agora: um quarto azul-bebê, uma escrivaninha cheia de trambiques e inutilidades, um garoto sentado curvado confortavelmente em frente a uma tela cheia de letrinhas, fundo musical (qualquer musica que lhe agrade) e uma conciencia perturbada e dramatica. Esse é meu momento de reflexao e atitude, é, minha atitude é ficar sentado. Grandes bostas que sou.

4 comentários:

  1. Espero a próxima virada de consciência..

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  2. Tulio, pare com isso, te faz mal.

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  3. Eu diria que o que não nos mata nos fortalece..

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  4. Sempre mudamos, pq o espanto pela mudança do Túlio? Se minimizar, todos nós temos que passar por isso, às vezes pensar que é um grande bosta faz bem! Já aconteceu comigo e com vcs não?

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